Depois de 586 dias, a noite prometia ser de alegria, de reencontro da torcida coral com o Santinha. O clima era para lá de ambíguo: havia um entusiasmo que tropeçava na desconfiança de tanta má gerência.
Cheguei cedo na Arena e encontrei meu amigo Lampi e sua filha, Anna Sophia (pense em uma torcedora instigada). Comprei uma porrada de ticekts de cerveja, tomei meu assento e me emocionei quando o Santa Cruz, o Mais Querido, entrou em campo. “Porra, eu pensei, que sensação fuderosa essa de estar novamente no estádio. Uma pena que não tenha sido no Arruda”.
O jogo, no início, me surpreendeu. Lelê e Tarcísio pareciam cheirados de um pó das bandas do Rio de Janeiro. Pipico estava dando o sangue como eu não tinha visto na Série C. Qualquer um pensaria: “Porra, agora vai. Vamos ganhar”.
Mas creio que a maldição do ProSanta é maior do que tudo. Pense em uma zaga de bosta. Inacreditável. Leston Jr realmente conseguiu armar o time e parecia que a energia da galera estava diferente. Havia esperança no ar. Não sei se a esperança é a primeira ou a última que morre, mas sei que ela tomou no rabo.
Não há como culpar nosso treinador. Nossa zaga, esta sim, foi de uma incompetência absurda. Claro que perdemos uns dois a três gols feitos, mas os vacilos da nossa zaga foram de deixar cardíaco internado vendo o Insta do Recife Ordinário e espumando de raiva.
Antes do jogo, acompanhava o Escrete de Ouro da Rádio Jornal e ouvia meu amigo Marcelo Araújo perguntando sobre Freud e a psicologia esportiva. Com O ProSanta, minhas amigas e meus amigos, não tem psicologia que dê certo. Não dá. O nível de amadorismo, incompetência e nulidade dessa galera bateu todos os recordes que qualquer gestão – e isso penso nas piores das piores – possa ter alcançado.
Lampi postou no grupo de amigos do Nóbrega uma foto nossa na Arena. O grupo de malucos se chama 4.4 e ébrios do Nóbrega. 4.4 era como chamávamos os 4 amigos que sempre bebiam juntos na saudosa Via Veneto. Esse tempo bom parecia reverberar nessa noite. Alegria da porra. Acreditamos, sim. Mas nos fudemos.
Além da maldição do ProSanta – algo como um filme de terror de Christopher Lee e Peter Cushing misturando Edgar Alan Poe com Lovecraft – ainda temos que aguentar a porra da maldição de Pipico. Sinceramente, já deu. Valeu, Pipico. Foi massa. Mas hasta la vista, baby. Perder a porra de um pênalti em um jogo desses é foda.
No final do jogo, a Inferno Coral deu o caralho, invadiram o campo, os vestiários e foi uma confusão arretada. Estamos fudidos e mal pagos com essa diretoria. Realmente, nunca vi um pessoal tão inepto quanto essa galera do ProSanta.
Gerrá, em texto anterior, pediu para Joaquim e companhia pedirem para cagar e sair. Tentei ser racional até agora. Mas, de boa, encheu o saco. Não dá mais. Está na hora dessa turma de aventureiros reconhecerem que não entendem porra nenhuma de futebol e desaparecer do Santa Cruz. Não é só sair, não é impeachment… sei lá. É desaparecer mesmo.
Como diria o grande mestre Wittgenstein: sobre aquilo que não se pode falar, deve-se calar. O ProSanta provou, para si mesmo e em si mesmo, que são apenas uma turba arrogante de ineptos. Meu respeito a Leston Jr. Acredito que ele se fudeu de trabalhar para organizar essa bosta de time.
Paulinho e Didira. Porra… como esquecer? Essa noite da Arena foi frustrante demais. Como disse Gerrá – sempre Gerrá – é preciso dizer um PQP bem grande na norma culta do zap. Mas a hermenêutica nos mostra que pode ser para o bem ou para o mal. Em relação ao ProSanta… um PQP gigantesco de desprezo.
Nota: Cadê Alexandre de Vitória da Conquista, Wlad, Madson e Tricolor Revoltado (que deve estar revoltado pra caralho agora e que faz uma falta danada com as notas que dava para cada jogador). Voltamos, porra. Bora reclamar.
Minha nossa Senhora, tem como ficar pior?
Sem ânimo por aqui…
Caro Zeca e demais amigos Tricolores. Estou por aqui. Sempre estive. Sabíamos que não seria um bom ano para o nosso futebol. A casa estava bem bagunçada (ainda está) e títulos não seria uma prioridade. Assim como também não acreditava muito no acesso. Contudo, permanecer na C seria uma obrigação.
Um dia depois das eleições tomei conhecimento de algo preocupante: os acordos, os acertos sobre quem seriam aqueles que iriam dar rumo ao futebol foram desrespeitados. Quem deveria ter voz, foi excluído e ignorado. Outros nomes surgiram e as vaidades começaram a aparecer. Isso 24 horas apos o pleito.
Na ocasião, fui muito criticado por falar que o Santa iria brigar para não cair. Muitos torcedores me chamaram de coisento, e que eu estaria torcendo contra. Mas, falei aquilo que pensava. Estava vendo “mais do mesmo”.
Me coloquei à disposição para ajudar. Quis encabeçar uma comissão de auditoria, para passar um pente fino no Clube. Sabem o que ouvi? – Não iremos promover uma caça às bruxas.
Ora, se eu não poderia fazer o meu trabalho, se não teria carta branca para apurar e denunciar, doa em quem doesse, o que eu iria fazer? Papel de palhaço. Logo percebi que as mudanças tão prometidas nunca aconteceriam.
Infelizmente eu estava certo. A diretoria foi se esfacelando, e hoje, dos que foram eleitos, só restou o presidente.
De tudo o que foi prometido, só o Estatuto aconteceu. Nem mesmo a fachada, que seria entregue em 30 dias, foi reformada. E olhe que eles estavam arrotando arrogância e soberba, tanto no quesito competência, como no dinheiro. Como ainda faz o presidente, que vem a público falar de “investimentos internacionais”… Quer enganar a quem. Tá. Se bem que se conseguir um patrocínio de uma sorveteria da Argentina, é um investimento internacional.
Por favor, parem com isso de vender o Arruda. Não pode. Entendam que, por ocasião da doação, foi contratualizado que o Santa teria o direito de uso do espaço “ad infintum”, apenas para uso social e de práticas desportivas. Se alguém comprar, vai ter que demolir a sede, o estádio e levar o concreto pra casa. O terreno volta para a prefeitura.
Da mesma forma, a possibilidade de um sheik árabe, ou um multimilionário comprar o Santa Cruz, é mero devaneio. Esses “investidores” colocam seu dinheiro (sabe-se lá por quê) em instituições que ao menos apresentem um histórico, um balanço financeiro confiável. o que não é nosso caso. Basta lembrar que há pouco tempo, a FPF junto com o trio de ferro, começou um trabalho de auditoria nos três clubes da capital, para se ter um panorama do passivo de cada um. no Santa Cruz, quando isso já passava dos 150mi, a empresa parou por acreditar ser inviável concluir o trabalho, pois muita coisa não seria contabilizada.
Por falar em FPF, acreditem ou não, o Santa ainda resiste porque a federação ajuda e segura as pontas.
Ah, tem que tirar o presidente. Ok. Quem vai assumir? Pergunta simples, Resposta difícil.
Tem jeito para o Santa Cruz? Sim. Hoje vejo que o nosso amado Clube só sairia dessa situação caso aparecesse alguém com MUITO dinheiro e MUITO prestígio empresarial e político.
O ano de 2022 vem aí. Como será? Só teremos o fraco estadual e a série D. Sem cotas de TV, renda de jogos pífias e patrocínios minguados. Ou alguém ainda acredita que a torcida repetirá o feito de 10/12 anos atrás?
Continuarei torcendo. Sei que continuarei sofrendo. Não sei amar outro Clube.
PQP fuderam a tabaca de Chola de uma vez. A gente perde tanto que nem decisão por pênalti ganha mais. PQP de novo. Incorpora também o VTNC nessa p@@rra
Vivendo o Brasil, lembrado do SCFC. Fico com as palavras de Gonzaguinha:
E eu entro na roda, e canto as antigas cantigas, de amigo irmão. As canções de amanhecer lumiar a escuridão, e é como eu despertasse de um sonho que não me deixou viver, e a vida explodisse em meu peito, com as cores que eu não sonhei. E é como eu descobrisse que a força esteve o tempo todo em mim, e é como se então de repente eu chegasse, ao fundo do fim.
De volta ao começo, de volta ao começo. E o sorriso de uma criança, De Volta ao Começo!
“Triste ver a decadência da Portuguesa e do Santa Cruz” disse GUGA Chacra no Twitter.
Entre os muitos comentários é reconfortante encontrar:
continuo com o Santa no Coração…
O santinha vai se levantar novamente…