É Clássico!

No Clássico desse sábado é acertado dizer que o Santinha só entrou realmente em campo aos 19 minutos do segundo tempo. A estratégia defensiva de Leston no primeiro tempo deixou a torcida com os nervos à flor da pele. O meio de campo parecia morto e a ofensividade do time era zero.

Era visível a dificuldade de Elyezer e Gilberto em dar passes acertados. Kléver, o melhor em campo no primeiro tempo, era o único que acertava. Incrível isso. Na zaga, Júnior Sergipano,  Ítalo Silva, Ratinho e Alex Alves batiam cabeça e quase nunca havia cobertura na cabeça de área. Ratinho é ruim demais e era um erro atrás do outro.  

Percebendo as dificuldades de ligação entre a defesa, meio de campo e ataque, Leston colocou Esquerdinha para fazer essa função e dar maior mobilidade ao ataque. Walter estava mais isolado do que Tom Hanks em O Náufrago. De início, no segundo tempo, o time ainda estava apático e não conseguia se impor no jogo.

O gol dos coisados surgiu de um erro de marcação da lateral esquerda. Kléver ainda foi na bola, mas não deu. O time estava tão desencontrado que só tivemos um escanteio a favor aos 21 minutos do segundo tempo.

O Santinha demonstrou que as jogadas ensaiadas de bola parada estavam em dia e que faziam efeito. Mas foi numa jogada bem entrosada que, após o cruzamento de Mateusinho, Tarcísio – que só tem 1,71 m de altura – meteu a cabeça na bola e fez o gol da Cobra Coral. O time acordou e o jogo mudou de feição: conseguimos dominar a partida e imprimir a cadência da peleja.

Clássico das Multidões é para deixar o caba nervoso, gritando com a TV e tomando todas para não enfartar. Com a mudança do cenário e com os nervos mais acalmados, vimos que bola parada era o segredo para conseguirmos a vitória. Mas por um fio de cabelo e por causa do bandeirinha que deve ser torcedor da coisa, o levantamento de Esquerdinha para a área foi dado como impedimento e isso após a arbitragem seguir o jogo enquanto Alex Alves comemorava. Lambança geral.

Rafael Furtado sempre entra bem. Já dissemos isso aqui antes. O bicho tem estrela e soube se desvencilhar da marcação, fazer um giro arretado e mandar a bola para as redes. Golaço. Era para estarmos com 3 gols.

E aí, em um erro debilóide da zaga que, mais uma vez se perdeu na marcação, deixou o Do Recife empatar o jogo no finalzinho com um gol de cabeça. Que vacilo da porra. Não podemos perder a atenção desse jeito, ainda mais quando estamos falando de um Clássico.

Inegável que esse jogo foi um teste e tanto para o elenco e equipe técnica do Santa Cruz. Não jogamos o primeiro tempo e isso tem que ser estudado. Mudamos da água para o vinho no segundo tempo e é assim que temos que jogar.

Estamos na liderança com 13 pontos, mas o Retrôcesso – que será nosso próximo adversário no domingo – tem um jogo a menos e o Capibaribe realizou apenas 4 partidas. Temos que nos ligar,  acertar a ligação entre os setores do campo, sempre impor o ritmo de jogo, ajustar a zaga e partir para cima. O Campeonato Pernambucano é importante também como preparação para a Série D que não é brincadeira.

Avante, meu Santinha!

3 respostas para “É Clássico!”

  1. A primeira etapa, principalmente, demonstrou quanto aquém está o futebol pernambucano em relação aos outros estados. No Nordeste já mandamos, hoje não dá nem pra pensar em encarar a dupla cearence, por exemplo.
    Que sirva de alerta! Sdc tricolores!!!

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