Descanso coral

Amigos corais, foi um ano de muita luta dentro e fora das quatro linhas.

Este velho cronista acusa o cansaço. Hora de deixar a nova diretoria trabalhar e dar um bom mergulho. Não dá para escrever sobre o nada, já que as contratações vão se arrastar, um novo elenco está para ser montado etc.

Desejo muito profissionalismo, dedicação e uma dose de sorte para nosso time em 2015. Já estivemos em situação muito pior, do ponto de vista financeiro e estrutural, e demos a volta por cima.

Fizemos nossa reunião final ontem e definimos por férias coletivas até 10 de janeiro.

Inácio ganhou três pedras no rim logo para começar o descanso. Gerrá passa o dia inteiro na bodega de Seu Vital, tomando umas.

Vou arrumar a mochila e cair na estrada.

Em 2015, não vejo a hora de gritar:

“Ôôôô… vai pra cima dele tricolor!”

 

Hoje apostei na Timemania

Apesar de ser doido pra ficar milionário, tenho uma preguiça danada de ir até uma casa lotérica. Fico torcendo pra que a Caixa Econômica invente uma maneira da gente poder fazer apostas pela internet.

Passei uma época jogando na mega-sena. Seu Wilson, que é uma espécie do office-boy particular, fazia meus jogos.

Arrisquei muito na loteria esportiva. Mas era num tempo em que eu apenas estudava, maloqueirava e coçava o ovo. Aproveitava que ia comprar o pão, passava na Casa Lotérica Maracanã e fazia minha fezinha.

Já na Timemania, não lembro quando joguei, Na verdade, nunca me liguei muito nesta loteria.

Só que esta semana, Esequias, o Pierre, me chamou a atenção e mandou um link com uma mensagem do novo presidente instigando a torcida para ir fazer suas apostas.

Foi aí que percebi a importância da Timemania para o nosso Santa Cruz. Do total arrecadado pela Caixa, 22% é destinado para os clubes irem saldando suas dívidas com o Governo Federal. Impostos, Previdência, FGTS, essas coisas.

Só que tem um detalhe, quem fica entre os 20 primeiros colocados, recebe uma fatia maior do bolo.

Pelo que eu vi numa postagem no facebook do Unidos Pelo Santa,  os 20 primeiros vão receber 65% do total repassado. O segundo bloco de 20 (21º ao 40º) recebe 25%, a turma do terceiro grupo ganha 8% e os últimos 20 colocados ficam com apenas 2% do total.

Pois bem, no concurso 663, realizado em 11 de dezembro, o Santa Cruz era o 22º, com 20.791 apostas. Já no que foi realizado no último dia 13, o de nº 664, a gente já estava na 20º colocação. Passamos o ABC e o Avaí. Mas no último concurso, o do dia 16, fomos ultrapassados por ABC e Avaí, e caímos para 22º.

Porém, o que vale para saber quem vai ficar com o maior pedaço, é a colocação acumulada do ano todo. E desde que foi implementada a Timemania, em 2009, o Santa Cruz só conseguiu ficar no grupo dos 20 primeiros uma vez, no ano de 2012.

O interessante é que o ABC e o Ceará, a partir do segundo ano da Timemania, sempre ficaram no batalhão de frente. Gostaria de saber qual é a mágica que eles fazem pra conseguir isto.

Bom, deixando o que os outros fazem para lá, acho que nossa parte como torcedor é apostar, compartilhar e divulgar, o máximo que a gente puder.

Ouvi dizer numa rádio que o novo presidente pegou R$ 10.000,00 e fez sua aposta. Espero que outros cartolas e ex-diretores façam parecido.

Eu mesmo, tirei R$ 100,00 do décimo-terceiro, fui hoje à lotérica e apostei no Santa Cruz.

Mesa quadrada coral

A redação do Blog do Santinha já está em clima de final de ano.

Bateu aquele cansaço e falta de inspiração.

Mas nesta quinta-feira teremos uma novidade que pode deixar nossos leitores com mais uma opção de inutilidade para ver na TV.

Estamos negociando com uma TV a participação do trio bloguístico coral em uma mesa-redonda semanal, que terá como tema o mais importante – o Santa Cruz Futebol Clube.

Duas exigências estão emperrando as negociações – queremos uma mesa quadrada e que tenha cerveja durante o programa – e de preferência a Itaipava.

Gelada.

Quem tiver novidades sobre o Mais Querido, favor acrescentar nos comentários.

Quem vai ser?

Nós que fazemos o Blog, já sabemos quem são os possíveis treinadores que poderão vir comandar nosso esquadrão no ano que vem.

Na verdade, a direção do clube está conversando com dois profissionais. Alguns dos nomes que estão sendo especulados, não passam nem perto dos técnicos de futebol com quem o Santa Cruz está fazendo contato.

Para amenizar a ansiedade e a curiosidade de vocês, resolvemos dar um brinde a quem acertar o nome do nosso próximo treinador.

Quem você acha que vai treinar o Santa em 2015? Seguem abaixo, algumas dicas:

Narciso

Sérgio Soares

Sidney Moraes

Paulo Comelli

Vilson Tadei

Gilmar Dal Pozzo

Péricles Chamusca

Marcelo Chamusca

Héron Ferreira

Peu

Bagé

Giba

Marcelo Martelloti

Zé Teodoro

Sérgio China

Vagner Benazzi

Estevão Soares

Guto Ferreira

Neco

Leivinha

Marcelo Villar

Lazaroni

Silas

Roberto Cavalo

Gilson Kleyna

Toninho Cecílio

Argel Fucks

Marcelo Veiga

Nereu Pinheiro

Charles Muniz

Mauro Fernandes

Ney da Matta

Paulo Morgado

Roberval Davino

Itamar Schulle

Leandro Campos

Birigui

Orlando Caulin

Luiz Pondé

Luisinho Quintanilha

Bira Lopes

Lisca

Eduardo Allax

Renê Weber

Josué Teixeira

Cleisson Assunção

Armando Desessards

Zetti

Arnaldo Lira

Paulo Porto

Sérgio Baresi

Heriberto da Cunha

Walter Zaparori

Baltazar Germano

Humphrey Messias

Renê Santana

Aridélson Bianchi

Aarão Alves

Leandro Machado

Edson Gaúcho

Thiago Nogueira

Nedo Xavier

Sinomar Naves

Beto Almeida

Augusto César

Luizinho Vieira

Sérgio Ramirez

Neemias Santos

Zico

Carlos Gutemberg

Ademir Fonseca

 

 

Três horas (e mais um pouco) com Alírio (final)

Quando decidimos marcar uma entrevista com o novo presidente do Santa, Alírio Moraes, passava pelas nossas cabeças, creio, uma sabatina, perguntas para conhecer, sondar, perscrutar, dissecar o que pensa o homem que será encarregado de c0mandar esta nação coral durante os próximos três anos.

Mas bastou o primeiro encontro com aquele homem de 50 anos, vestindo a camisa do Santa de 1975, com a voz calma e olhar cheio de brilho, de uma simplicidade aguda, uma modéstia nos gestos, para ver que teríamos mesmo era uma longa e extremamente prazerosa roda de diálogos sobre tudo. Clube, vida, sonhos, projetos, vida.

Uma conversa fácil, boa, sincera, sem artimanhas oratórias para mostrar capacidade de realização ou louvação si próprio. Este advogado de 50 anos comandou uma equipe que operou dois milagres no Santa – reduziu a dívida fiscal de R$ 50 milhões para R$ 13 milhões e quase liquidou a dívida trabalhista, que era de R$ 50 milhões.

Antes do encontro, Inácio lembrou que alguns comentaristas do nosso blog chamavam Alírio de “Delírio”.

Mas amigos, o que mais poderíamos querer para nosso Santa, se não um homem que se permite à loucura, ao delírio de investir parte de sua vida num trabalho insano, complicadíssimo, quase irrealizável, que era desentranhar processo a processo, em varas as mais distintas, em labirintos da burocrática Justiça brasileira, uma dívida que era uma sombra perpétua para nosso clube?

Qual de nós, reles classe média, consegue organizar sua vida com as contas vencidas, sem saber quanto vai poder gastar no próximo mês, num processo que muitas vezes arruína o cotidiano, cancela projetos, inviabiliza sonhos? Qual o empresário que quase não enlouquece (ou quebra) quando surgem as primeiras das muitas ações trabalhistas?

Pois me permito – Alírio é um delírio que só um clube como o Santa Cruz é capaz de criar.

O pai, Alírio Moraes Filho, advogado e músico, do Bairro de São José. Louco, apaixonado pelo Santa. Num momento dramático, o filho teve que ir à luta para ajudar o pai. Fez o curso de Direito para, literalmente, brigar pelo pai. É um dos momentos mais emocionantes de sua história.

Talvez, há muitos anos, quando ainda nem sabia, Alírio abraçou uma frase dita pelo pai:

“Os fatos são circunstanciais. Faça um projeto para sua vida”.

Ele fez projetos para a vida. Agora tem projetos para o Santa

A impressão que tive foi a mais simples, diria a mais óbvia – aos 50 anos, com cinco filhos, a vida estruturada, após muitas vitórias, ele foi surpreendido com uma convocatória. Sabe-se que vários ex-presidentes foram ao seu encontro propondo o cargo de presidente do Santa.

Terá marejado com uma aclamação, num clube que nunca foi modelo de gestão, onde os presidentes aparecem como seres quase solitários tapando buracos orçamentários com jantares de adesão, coletas de emergência com empresários abnegados? Terá lembrado do pai?

Não sei. O fato é que ele é um homem absolutamente focado. Diria que é um manso que sabe o que quer. Tem planos concretos de marketing, comunicação, reestruturação do futebol, da base, movimentação deda sede. Comentamos os perrengues que passamos para entrar no Arruda, em dias de jogos decisivos. Disse que vai entrar no estádio como simples torcedor, para sentir na pele o que vivemos. Para completar, sua mulher, Fernanda, é também louca pelo Santa – e vai fazer parte da gestão.

Um homem que não tem vergonha de dizer que tem ambição. E não tem vergonha de colocar a ambição na vida. O Santa Cruz precisava disso com urgência. Precisamos de dores cavalares de ambição, se quisermos botar estrelas no peito.

No dia seguinte à nossa conversa, saiu uma entrevista de página inteira com ele, no Jornal do Commercio. Retiro um trecho que expressa tudo isso.

“O Santa Cruz vai voltar a ganhar títulos porque a gente vai fazer um futebol muito forte. Eu sou muito ambicioso, embora seja um cara introspectivo. Sou um cara, imagino, voltado para o sucesso. Tenho uma capacidade de brigar muito grande e quero passar isso naturalmente para o clube”.

Falamos de várias pessoas que tentaram, em algum momento, participar da vida interna do clube, contribuir com seus conhecimentos, sua inteligência, mas sempre esbarraram num caos administrativo interno que parecia destino, carma. Caos que, num clube de multidões como o Santa, geram milhões de dívidas, descontrole interno, é tempo perdido, é faixa a menos no peito. 

Tinha uma porção de gente na sala, a conversa estava chegando ao fim, quando ele disse uma frase que para mim simboliza muito nosso novo momento (e minha secreta esperança de um clube moderno, antenado, inteligente, audacioso, apaixonante e aberto).

Inácio tinha comentado algo, ele fez um breve silêncio, saiu olhando para cada um e comentou, como se referindo aos muitos corais que querem fazer parte dos destinos do Santa:

“Inácio, quem vai mudar o Santa Cruz são essas pessoas”.

A partir do dia 11 de dezembro, pois, deliremos em preto, branco e vermelho.

Três horas com Alírio – capítulo II

Antes, um aviso. Se quiserem saber de reforma no estádio, de jogos na Arena, novos jogadores, placar eletrônico e não sei mais o quê, vá escutar alguma resenha ou ler os jornais. Isso aqui não é um site de notícias. Não damos furo, nunca saímos na frente. Neste blog você vai rir, chorar ou ter raiva, jamais se informar. Não estamos nem aí pra isso.

Realmente, até imaginamos que daria para fazer uma entrevista com Alírio, mas nem tirei o gravador do bolso. E não usei o caderno do tamanho de um bonde que levei e que virou uma tralha incômoda de ficar segurando.

A entrevista virou conversa. E foi melhor assim.

O que mais me chamou atenção é que parecia haver dois Santa Cruz em campo. Um deles era o Santa de Tininho. Esse era o Santa Cruz nosso de cada dia, o Santa Cruz real, que deixa o sujeito maluco com tantos problemas a serem resolvidos ao mesmo tempo.

Tininho permaneceu o tempo todo estressado, nervoso, recebendo ligações, respondendo a mensagens, e-mails, esperando retorno de jogadores, de prováveis técnicos. Sempre aperriado, com um olho na conversa e outro nas contratações, renovações…

O Santa Cruz de Alírio parecia o Santa Cruz de quem ainda não botou a mão na massa e que está muito instigado. Cheguei a escrever “Santa Cruz utópico” na linha acima, mas apaguei. Talvez muitos ridicularizem as utopias e achem que a palavra é pejorativa. Mas pelo jeito, o novo presidente está mesmo a fim de construir utopias.

Alguns traços desse clube sonhado por ele soam como música aos meus ouvidos: ele realmente imagina que o Santa Cruz se torne um espaço de participação de pessoas que podem contribuir, mas não sabem como.

Não sei se isso ele vai conseguir, pois a cultura das pessoas que fazem o Santa Cruz é de exclusão. Eu e muitas outras pessoas que nós conhecemos já tivemos experiências irritantes na avenida Beberibe. Mas não posso duvidar de um sujeito que conseguiu reduzir as dívidas do clube de R$ 110 milhões para pouco mais de R$ 20 milhões sem desembolsar um puto.

Parece um delírio, não é? Aliás, ele deu gargalhadas quando soube que já sendo chamado assim nas redes sociais. Disse que esse apelido ele quer ter, “pois quem delira muitas vezes está vendo coisas que os outros não conseguem ver”.

O homem, peso pesadíssimo do Direito Tributário, explicou que só faltam alguns prazos serem cumpridos para a liberação das certidões negativas. Além disso, deu alguns detalhes técnicos de como ajudou a reduzir as toneladas de dívidas. Usou recursos legais como prejuízo fiscal, pesquisou as prescrições, descobriu duplicidades e um monte de minúcias jurídicas que eu não sei nem quero saber. Boa parte desse trabalho quem fez foi sua esposa Fernanda, também advogada.

Aliás, Gerrá tem razão: aposto que Alírio será o primeiro presidente do Santa a contar com o apoio de uma esposa que é mais fanática que ele e que está curtindo muito o desafio.

Espero que o casal não desanime quando, depois de uma derrota qualquer, as crianças voltem para casa chorando porque algum menino tricolor do colégio avacalhou o pai.

Alírio diz que pretende melhorar a péssima comunicação entre o clube e a torcida. E acha que a conversa com o Blog do Santinha foi um passo nessa direção. Estamos dispostos a ajudar e a meter o pau em zagueiro ruim, em técnico burro, em atacante covarde e em dirigente que atrapalhe essa comunicação.

É bem verdade que talvez tenha se arrependido depois que Samarone quis ficar mais pouquinho. Sabe aquela história do dono da casa, por pura educação, dizer “está cedo, não vão agora”. Pois é, Samarone ficou. Até quatro horas da manhã. E bêbado. E babando o sofá. Uma vergonha. O capítulo dele vai se chamar Nove horas com Alírio.

Ah, ficamos sabendo o nome de dois jogadores que estão quase acertados. Coisa fina. Mas não vou dizer, pediram segredo. Lamento muito. Sobre o placar, ninguém sequer lembrou de perguntar sobre isso. Como não conheço nenhum time que foi campeão do mundo por ter um placar eletrônico melhor que os outros, pouco importa.

Explicação importante: Coronel Peçonha participou de toda conversa, mas não aparece em foto nenhuma. Como comandante das imaginárias forças especiais de inteligência coral, ele sempre fica atrás da câmara, mantendo o anonimato tão necessários para desferir golpes de surpresa nas hostes adversárias.

Para acabar, um P.S. – reparem que na minha postagem escolhi uma foto em que estou mais simpático e menos ridículo do que a imagem que Gerrá botou só para me sacanear.

Três horas com Alírio – Capítulo I

Depois de um dia pra lá de cansativo, pensei em dar o famoso migué e farrapar com Samarone e Inácio.

Mas a conversa que havíamos marcado era sobre o Santa Cruz. E com um motivo desse, não tem cansaço que derrube um verdadeiro tricolor coral santacruzense das bandas do Arruda, principalmente quando o papo é com quem vai ser o nosso Presidente.

Por volta das 20h30 peguei Inácio na Avenida Norte. De lá, fomos ao encontro de Samarone que estava no Clube dos Oficiais, ali na João de Barros, narrando uma pelada.

Ao entrar no carro, o caroneiro foi logo reclamando, “puta que pariu, que demora de vocês”. Pra quem não sabe, Sama é um profissional na tarefa de arregar. É daqueles que entra no veículo, já manda ligar o ar-condicionado e pede para mudar a música. Em festas na casa dos amigos, sempre leva uma tapauér para colocar doces e salgados.

Sim, voltemos ao assunto.

O trânsito estava livre. Já passava das nove horas da noite.

Fomos conversando. Discutindo o formato da entrevista. Pensando nas perguntas. Na troca de ideias. Quem seria o novo técnico. Quem sai e quem fica. Essas coisas.

“Bora Gerrá, acelera. Alírio já deve estar esperando”, disse Samarone.

“Quem já está esperando é o Coronel Peçonha. Mandou mensagem dizendo que já chegou”, avisou Inácio.

O Cel.Peçonha foi nosso convidado. De futebol, o bicho entende bem mais do que a gente. Além disso, já escreveu para o Blog e é da velha guarda dos comentários.

Chegamos.

Um sujeito educado nos recebe e avisa que Dr. Alírio está numa reunião. Lá pras tantas, descobrimos que o nome do sujeito educado é Major.

Pois bem, Major pede que a gente o siga. Descemos uma escada. O silêncio impera por um instante. Samarone solta uma graça. Eu tropeço num degrau.

“Sentem aqui, que vou avisar que vocês chegaram”, disse Major.

Era um ambiente pra lá de agradável. Gramado verde. Céu estrelado.

“Querem beber cerveja, uma água, refrigerante…?”, perguntou Major.

Como eu não fazia a menor ideia do que nos esperava, fui de carro e fiquei somente na água e na coca-cola. Samarone enfiou o pé na cerveja.

Ficamos por ali. Um tempinho depois, desce a futura primeira-dama do Santa Cruz. Frequentadora do Arruda, ela tá animadíssima com empreitada e dando a maior força ao marido. Coisa rara de se ver, pois as histórias que conheço é que as mulheres querem ver o marido num cabaré, mas não o querem na presidência do Santa Cruz.

Pois bem, Alírio apareceu! Logo em seguida, desce Tininho. Quando o vi com o celular na orelha, perguntei se era o novo treinador. “E aí Tininho, vai ser quem? Nereu, Neco ou Charles Muniz?”. A turma caiu na risada.

Fomos convidados a subir. Encontramos esparramado no sofá da sala, o professor Sylvio Ferreira.

Regada a vinho, cerveja e brebotes, a conversa rolou solta.

Inácio e Samarone cuidaram de puxar conversa com Alírio. Eu, sem querer querendo, sentei ao lado de Tininho, pra ver se via algum sinal de especulações futebolísticas no celular dele. Do outro lado, o Coronel Peçonha mandava umas perguntas sobre jogador: “e aí, Caça-Rato fica?”, “Alemão renova?”.

Pelo que entendi, Alemão depende do Salgueiro. Já Caça-Rato, depende da influência da lua. Disseram ontem que ele é meio sem juízo. Lembrei de uma história que ele trocou uma viagem para São Paulo, onde iria para participar do programa Pânico, por uma pelada em Goiana. Se for por Peçonha, Caça-Rato fica nem que seja na base do tarja preta.

Do sofá, Sylvio Ferreira vez por outra contava umas resenhas dos bastidores e comentava sobre Freud, mitologia grega, etc.

Alírio nos disse como conseguiu reduzir a dívida do Santa a praticamente 1/5 do que existia e falou das possibilidades jurídicas de reduzir ainda mais o resto da dívida.

Demos uns pitacos sobre comunicação e acesso ao estádio.

Enfim, uma noite pra lá de agradável. Tão agradável que o folgado do Samarone resolveu ficar mais e arregou uma carona de volta pra casa.

Estamos até pensando em sugerir um encontro bimestral com Alírio, e levar junto com a gente, algum tarado do Blog para bater um papo com o presidente.

Três horas com Alírio

Ontem, a redação do Blog do Santinha foi à casa do novo presidente do Santa Cruz, Alírio Moraes, para uma longa conversa sobre o Santa Cruz. Durou três horas.

O advogado, ao lado de sua esposa, recebeu os cronistas Inácio França, Gerrá Lima e Samarone Lima (não são parentes) com a camisa coral de 1975 e se demonstrou muito à vontade com a turma do Blog. Já leu inclusiva a “Trilogia das Cores”, volumes 1 e 2, e ganhou de presente o volume 3. Os autores esqueceram de fazer uma dedicatória.

Cada redator vai escrever um texto sobre o encontro, relatando suas impressões, o que chamou a atenção etc.

Aguardemos o primeiro texto, do senhor Gerrá Lima, que será publicado daqui a poucos minutos. Os demais textos, na base do par ou ímpar, serão publicados amanhã e sábado, respectivamente.

Os assinantes do Blog do Santinha receberão todo o material filmado e editado em casa, no dia da troça “Minha Cobra”, no Carnaval de 2015, além de uma camisa com a assinatura de Inácio.

Por sinal, em 2015 o Blog do Santinha completa 10 anos.

“É se contentar com o Estadual”

Vi a manchete do caderno de esportes do Diário de Pernambuco de hoje (página 3) e quase tive uma dor de pedra no rim, que Inácio teve outro dia. Vamos ao péssimo detalhe:

“Santa Cruz só terá o Pernambucano para disputar no primeiro semestre de 2015. Clube deve ficar de fora da Copa do Brasil pelo ranking da CBF”.

Bem, não vou explicar o levantamento que o jornal fez, explicando o funcionamento do tal ranking, mas é muito provável que, depois da queda (não acesso à Série A, que estava na mão), tenhamos o coice (não disputar a Copa do Nordeste nem Copa do Brasil), no início de 2015.

Até hoje não entendi aquela doidice de colocar Ataíde como treinador do Santa no jogo decisivo contra o Salgueiro, onde teríamos a obrigação de garantir a terceira vaga. Parece que era um jogo de várzea, ninguém deu bola. Resultado – terminamos o Estadual em quarto lugar.

Como a esperança é a última que morre, a CBF só deve divulgar seu ranking após o final da Série A. Estamos na posição de número 36, atrás dos rubronegros (número 20) e barbies, digo, alvirrubros (número 26).

Vocês já viram que a maré, quando vira ao contrário para o nosso lado, é sempre um tsunami?

Everton, o sobrevivente do Bolão

Everton de Melo Santana. Este é o nome e sobrenome do vencedor do Bolão que o Blog do Santinha organizou sob o otimista (e bote otimismo nisso) título de “Bolão do Acesso Coral”.

Ele acertou o maior número de palpites ao longo de toda a Série B e vai ganhar um CD da Minha Cobra e já garantiu a camisa dele pro desfile da Minha Cobra no Carnaval 2015.

A bem da verdade, sejamos sinceros: na reta final Everton competiu com ele mesmo. A maior parte dos apostadores desistiu depois que o Santa começou a levar lapadas contra América de Natal e Bragantino. Para piorar, muita gente largou o bolão depois de perceber que não tinha como alcançar o primeiro colocado. Como já era mesmo o primeirão, Everton persistiu. E ganhou o  bolão.

Em breve, ele vai começar a ganhar uns trocados fazendo apostas na Loteca, cobrando R$1,00 por palpite.