A Copa do Mundo, para quem ama futebol, é o paraíso, uma overdose futebolística única. Acabei de chegar da universidade e publico esse texto enquanto escuto o segundo tempo do Santinha contra o Capibaribe. É jogo que não acaba mais, meus amigos.
O legal é que durante as partidas da Copa, Eu, Gerrá e Sama ficamos trocando impressões por meio do zap. Daí foi um passo para Gerrá sugerir que a gente escrevesse aqui sobre essas impressões.
Enquanto estou aqui torcendo para que o Santinha consiga usar bem a vantagem de um jogador a mais – afobado é a palavra que mais escutei na rádio sobre nosso time – vou publicar o que Gerrá me mandou sobre as partidas até agoa. Sama, depois que se tornou um eremita em Olinda, diz que vai escrever, mas só fica na promessa. Temos que rever esse contrato de articulista logo.
Bem, aí vai o que Gerrá me mandou:
“A copa começou. E pra lascar a turma que participa de bolão e apostas, a Russia meteu 5 na Arábia. Não vi o jogo ao vivo. Mas pelo taipe que assisti, a impressão que tive foi que até a Arábia Saudita se iludiu com a Russia.
O time do Egito, por pouco não derrubou o Uruguai. Fez uma retranca do caralho e quase consegue o empate. Digo uma coisa, se Salah estivesse em campo, a seleção egipcia teria vencido. Fiquei imaginando se eles tivessem um ataque com Salah, Denis Marques e Keno. Venceriam fácil. Torci pelo Egito, mas não fiquei triste com a vitória da Celeste.
Joguinho feio foi Marrocos e Irã. Meus amigos, aquilo é mais fraco do que jogo de serie D. Se o Marrocos ou Irã jogassem a nossa série B, seriam rebaixados na hora. Na sericê, brigariam pra não cair.
Bonito foi ver Messi com aquela cara de retardado, perder um penalti. O goleiro da Islândia, o tal do Halldorsson, um ex-diretor de cinema, defendeu a cobrança e fez a Argentina tomar no cu. Foi lindo. Um fato interessante no time da Islândia: todos os jogadores titulares tem os sobrenomes terminados em Son. Hannes Halldórsson, Birkir Saevarsson, Ragnar Sigurdsson, Kári Árnason e Ari Skulason; Aron Gunnarsson, Birkir Bjarnason, Jóhann Gudmundsson e Emil Hallfredsson; Björn Sigurdarson e Jón Bödvarsson e o treinador é Heimir Hallgrímsson!
Uma coisa boa que estou gostando nessas primeiras partidas é ver que ainda se joga na retranca e que um bom ferrolho pode garantir um bom resultado. A Islândia segurou a Argentina assim. Se a Espanha soubesse jogar recuada, teria vencido Portugal. Depois que virou o jogo, era botar o time atrás, irritar Cristiano Ronaldo e sair no contra-ataque.
Não consegui assistir aos outras pelejas. No domingo fui para casa do meu pai acompanhar a estreia da seleção brasileira de estrangeiros.
Depois do gol de Felipe Coutinho, fui me arriando no sofá e peguei no sono. Acordei no inicio do segundo tempo.
Meus amigos, que gol bizarro a gente levou. Nosso zagueiro totalmente mal colocado na área, leva um empurrãozinho que só é falta em pelada de condomínio. O que ficou da nossa estreia é que jogo é jogo, treino é treino.
Bom, tomara que Roberto Fernandes tem visto o jogo do Brasil e o jogo da Islândia. E que a gente ganhe para o Capibaribe. Encostaremos no primeiro lugar e empurramos o timbu lá pra baixo”.
Foi isso. Hoje, depois dessa rodada, dos times que são campeões, só os ingleses se deram bem: acho que Jerry e Marc estão felizes e tomando todas. Ainda bem que teremos essa overdose esse mês. Assunto é o que não vai faltar. E a pergunta que não quer calar: A Copa do Mundo é nossa? Na torcida para que a resposta seja positiva. Saudações tricolores corais das bandas do Arruda!