Fui criado aprendendo ser uma pessoa do bem, a pedir perdão e perdoar, a ter compaixão e desejar a paz ao próximo. Fiz catecismo e até primeira comunhão. Até hoje, mesmo sem ter fé em religião nenhuma, trago um pouco desses aprendizados.
Mas meus senhores, tudo nesse mundo tem limite. E nesse ponto, nessa coisa de querer o bem ao outro, quando se fala em futebol, meu limite vai até a beira do gramado. Dali pra frente, eu só desejo o bem pra quem faz bem ao Santa Cruz.
Dito isto, sem firulas, vamos ao que interessa.
Se eu pudesse, deixaria Anderson Aquino enterrado numa duna em Ponta Negra, comendo areia e torrando os miolos. E se Marcelotti ou algum dirigente viesse com aquela conversa mole de dar uma chance, que isso são coisas do futebol, eu enterrava junto de atacantezinho de quarta divisão.
Para quem não lembra, no jogo contra o Mogi Mirim no Arruda, foi o último penalti que este rapaz bateu. Chutou mal e quase perde. A bola bateu no goleiro e entrou por pura sorte nossa.
A impressão que dá é que este sujeito, com a autorização do treinador, quer ter a todo custo a alcunha de artilheiro.
O futebol inoperante de Anderson Aquino hoje definitivamente foi coroado. Não fosse a penalidade máxima desperdiçada, estaríamos colado no quarto lugar.
No auge da minha raiva, fico pensando se já não estava na hora de se instituir pena de morte ou prisão perpetua para jogador de futebol.
Quem for de perdoar, me perdoe. Mas com esse tal de Anderson Aquino, eu sou pior do que Cara de Cachorro.
Vou ficando por aqui, para não me afogar numa garrafa de uisque. Espero que o feriadão esfrie meus nervos. Tomarei uns banhos de mar para ver se consigo limpar o ódio.
Espero que sim.
Pois, se no jogo contra o Paysandu, Anderson Aquino for escalado, eu rasgo meu ingresso.
E por favor, não me venham com essa história de “crédito”. Em futebol, quem vive de passado é ex-jogador.