De Colônia, Alemanha. Pois é, amigos. Depois de dez anos de angústias e retomadas, parece que voltamos à estaca zero. Estava nesta última sexta no aeroporto de Londres aguardando meu voo para Alemanha, numa manhã cinzenta e azeda. Sentei para tomar um café e comecei a pensar na vida. Voo atrasado, estresse insuportável no trabalho, sérios problemas pessoais e duas derrotas humilhantes pra coisa (vou ignorar o manual de redação do blog e dar o nome aos bois). Como dizia Shakespeare, quando os problemas vêm, eles não vem desacompanhados, mas em batalhões. O sujeito tenta peitar a vida de cabeça erguida e acaba achincalhado pelas mazelas do dia a dia. Nessas horas, vem à cabeça o aterrorizante problema filosófico de Camus, será que vale a pena viver?
Fomos humilhados e ofendidos, não só no gramado mas fora dele também. Tudo começou com uma notinha grotesca publicada no site oficial da coisa no dia 6 de março. Com um português macarrônico, pedante e ambíguo, típico da nossa elite de bacharéis, a coisa publica uma nota oficial em que acusa a Federação Pernambucana de Futebol de conspirar para atingir o “equilíbrio das forças locais”, um bendito de um eufemismo! Li aquilo indignado – logo a coisa, acusando a FPF de trambicagem! Justo eles, dos quais um conhecido ex-presidente já afirmou ter “empurrado” um jogador pra seleção. “Onde estão as provas? E ainda saíram ilesos?”, pensei comigo mesmo. Numa reviravolta mirabolante, os próprios donos do poder se passavam por vítimas inocentes. Perdoem-me o trocadilho, mas alguma coisa estava errada nesta história. Eu cresci ouvindo ano após ano os presidentes da coisa arrotarem uma superioridade inquestionável, uma espécie de privilégio que por vezes se confunde com um direito natural. Nunca vi um dirigente da coisa aceitar uma derrota sequer. Leiam os jornais ou ouçam as entrevistas dos três últimos anos e vocês verão que todas as vezes que ganhamos deles, nossa vitória foi atribuída a erros da arbitragem, no mínimo! Neste mesmo ano, num ato de soberba inigualável, a coisa cogitou retirar a estrela que remete a sua conquista da segunda divisão, pois não acha digno celebrar uma façanha tão irrisória.
Esse complexo de superioridade foi incrustado na cabeça do povo lentamente e, com o passar dos anos, parece que pegou. Penso nos meus amigos rubro-negros e alvirrubros, e mesmo nos meus professores no colégio, e lembro que o torcedor tricolor era visto como um pária, uma figura grotesca cuja existência escassa na zona sul do Recife se devia ao único fato de que ele estava ali para servir os outros. Era o famoso “servente” ou “serviçal”, a quem se reservara o infame “elevador de serviço”, onde, pasmem, também se carregam o lixo e os cachorros. “Tricolor é time de porteiro”, dizia um amigo meu que até hoje chamamos de cabeção. Na escola, eu engolia a seco o fato de ser tricolor. Na minha turma, éramos gatos pingados. Acho que éramos eu e o Paulo, que tinha um defeito no pé e andava arrastando a perna esquerda. Imagino que muitos se recusavam a se declarar tricolores por medo ou covardia. Viviam na clandestinidade ou fingiam torcer pros times do sul. Quando o Santinha perdia, eu e o Paulo desaparecíamos por três dias, fingíamos uma dor de barriga ou um resfriado inusitado. Nos corredores do Colégio Boa Viagem, celebrávamos nossas vitórias às furtivas, como dois maçons. Éramos humilhados até pelas meninas, que olhavam pra mim e diziam: “Ô, Pedro, tu não tem vergonha de ser tricolor, não é?”, como se eu estivesse andando nu pela sala. Pensava comigo mesmo que teria de mudar de time pra poder comer a Luíza, que eu amava loucamente lá do fundo. Ela nunca soubera! Ela nunca soubera!
Quantas vezes não vi os torcedores da barbie e da coisa assumirem uma agressividade proto-nazista? Lembro do triste dia em que eu e meu irmão Rodrigo ouvimos todo estádio dos Aflitos em uníssono imitar o guincho de um macaco a fim de humilhar o nosso goleiro Nilson. Lembro do meu irmão, com os olhos marejados, sair do estádio indignado para escrever um artigo sobre o ocorrido, acho que ele queria ir à polícia denunciar os alvirrubros. Mais humilhante foi descobrir que no dia seguinte, a imprensa pernambucana não daria um pio sequer e tudo passaria despercebido. Por ironia do destino, Nilson seria depois contratado pelo próprio time que esculachou sua dignidade humana. Lembro na época que me deu vontade de encontrá-lo e cuspir no seu rosto. Nilson me fez perder a fé no homem.
Logo após nossa primeira derrota pra coisa por três a zero, leio que o tal do Ewerton Páscoa afirmou estar “entalado” conosco, e que só mudará de pensamento caso nos elimine da competição, como se fôssemos um problema vital. Alguns dias antes, durante o intervalo do clássico, após um repórter questionar o Neto Baiano se ele teria assumido o papel de garçom no jogo, ele abre uma risada sarcástica e diz que ainda faltam 45 minutos, como se aquilo fosse uma brincadeira, uma pelada no Pina. Se eu fosse o Vica, teria dito ao Éverton Senna: “você só volta ao vestiário se houver sangue daquele sujeito na sua camisa”. No entanto, olho abismado o semblante de Vica durante o jogo, parecendo o Chamberlain, aquele maldito premier britânico que entregou a Europa de bandeja ao Hitler. Fechei meus olhos e pensei que novamente seríamos escorraçados como baratas, depois de três anos de conquistas e vitórias.
Caro leitor, devo confessar – eu odeio a barbie e a coisa. Não odeio alvirrubros e rubro-negros, pois o indivíduo, por um milagre divino, sempre escapa das amarras do cafajestismo quando o bom-senso bate às portas. Porém, odeio com todo o coração ambas as entidades e tudo o que representam. A barbie e a coisa se tornaram pra mim, nesse “bildungsroman” da vida, como dizem os alemães, o símbolo de toda imundície que impera no Brasil. Li aquela prepotente nota oficial rubro-negra com tanto asco que no átimo me recordei do principal motivo pelo qual abandonei o Brasil, já cansado desse império de iniquidade. Certa vez, lembro de ter entrado no prédio onde fica a famosa firma de advogados do presidente da coisa. Fui visitar meu irmão, que trabalha no mesmo edifício. De relance, vislumbrei o escritório deles e ouvi um dos advogados atrás de mim sussurrar para o amigo que eles ocupavam uma boa parte do prédio. Recordei o prefácio que Camus escreveu ao seu primeiro livro, afirmando que há certos níveis de riqueza que ele não conceberia possuir. Naquele momento, pensei a mesma coisa. Minha conclusão: o Brasil não é pra mim; fui-me embora. Já faz sete anos.
*****
Apesar dessas notas melancólicas, posso dizer que a vida nos oferece tristezas e alegrias, e estas surgem nos momentos mais inusitados, quase inintencionais, como dizia Machado. Conheci esses dois sujeitos há um ano e meio, nos sentamos num café do Paço Alfândega e tramamos uma forma de cantar a música dos sujeitos que perambulam pelos elevadores de serviço, dos unsung heroes, os heróis desconhecidos, como dizem os ingleses. Por dez anos, esses dois tem escrito incessantemente sobre esses “fantasmas” do Recife sem pedir nada em troca. Como eu já afirmara anteriormente, existem certas nobrezas que são inalcançáveis. Há uma doce alegria quando eu volto ao Recife e reencontro o Lourenço, o porteiro do prédio onde moram meus pais. Lourenço me trata como um filho e abre um sorriso paterno que me restaura o amor pelas coisas simples e humildes. Samarone e Inácio, que juntamente com Gerrá, estão lançando neste domingo o último tijolo da nossa catedral tricolora, me fizeram ter um grande orgulho de ser tricolor e olhar para o Recife e ter saudade.
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Texto da porra. Nesse nível só na torcida do Santa. Vamos vencer quarta.
pois é pois é .
mudando de assunto um cara levantou uma questao sobre essa da coisa entrar com time reserva contra o salgueiro
SERA QUE FOI PRA POUPAR OS CARAS OU FOI PRA DESINTOXIGAR POIS DEPOIS DA DENUNCIA DE JOGADOR DOPADO TERIAM FICADO COM MEDO
ALIAS TEM UNS 3 CARAS ALI QUE TAO CORRENDO MAIS DO QUE NORMAL
EXAME ANTI DOPPING QUARTA FEIRA
Não sou banguelo, liso ou qualquer outro adjetivo menos qualificado que os torcedores rivais nos imputam.
Nasci e sou bem de vida.
Mas, graças a Deus, torço para o time dos porteiros, dos frentistas, dos garçons e do povão em geral.
Graças a Deus, pois a torcida do povão é a maior do Estado.
Orgulho danado de ser tricolor.
E, PODEM ANOTAR.
Quarta feíra vamos ganhar de 2 x 0 e o Tiago Cardoso será o herói na disputa de penaltis.
vamos fazer a campanha eu acredito a torcida e a armadura dos
guerreiros, nos podemos fazer a diferença
http://youtu.be/rNsS6Ru6lIQ
vica devia usar o atletico mineiro como exemplo pos na libertadores foi muita superaçao
FORMIDAVEL. O SANTA CRUZ DA PB GANHOU DO SPORT DA PB POR 6 X 0 HOJE.
UM JOGADOR FEZ TRÊS GOLS E PEDIU QUAL MÚSICA NO FANTÁSTICO????
“SANTA CRUZ MEU ETERNO AMOR, NUNCA NEGAREI QUE SOU TRICOLOR, SEMPRE VOU TE AMR….”
Caramba, não tinha visto isso, arretado! Eu, racional como sou nas questões relacionadas ao Santinha, se presidente fosse, contrataria na hora esse cara. Sem nem saber se joga, posição, nada. Contrataria no ato!
Achei no YouTube (meio tosca a qualidade):
http://youtu.be/Pk9_SE5HsCE
Dá pra ver aqui: http://g1.globo.com/fantastico/videos/t/edicoes/v/d/3217337/
A partir de 6’14”
nossa torcida e diferente nos fazemos a diferença eu acredito
http://youtu.be/VFT9nw4HoB4
Fantástico
O episódio Nilson ir pra barbie, por tudo que envolvia aquilo na ´época foi pra mim como o “despertar pra maturidade futebolistica” foi o fim daquele pensamento infantil de que se existia jogadores com amor a camisa.
Show o texto!!
Pra cima deles tricolor!!
Ei rapaz,
acabei de ver na internet o cara pedindo a NOSSA música!!
Logo em cima do “sport”
Muito bom!!!
Olhem o click coral no site da coral net um foto de uma criança comemorando o gol de Maranhão. O menino ta sem camisa numa alegria do caralho. A foto ta na parte ” em cima do lance” na pagina 7.
Essa foto poderia ser mostrada para os jogadores.
Ótimo texto do Pedro Moura. Concordo com boa parte dele.
1. Quanto ao Brasil, nascemos onde devemos nascer e vivemos onde devemos viver. É aqui o nosso campo de luta e de busca por melhorias. Mas a escolha é livre;
2. Fui, por longos anos, o único Tricolor de minhas turmas de colégio e nunca abri mão disso. Mas tive sorte, porque eram os gloriosos anos 70;
3. Quanto às reclamações da coisa, elas são feitas até mesmo nas vitórias, como aconteceu no último clássico, no qual reclamaram da não expulsão de Leo Gamalho. É verdade que LG deveria ter sido expulso, bem como Neto Baiano que deu uma cotovelada em Renatinho ainda no primeiro tempo. A imprensa cala e só fala de LG.
4. Ainda com relação à arbitragem, a imprensa não comenta o erro grosseiro do bandeirinha que marcou erradamente (propositalmente) um impedimento inexistente de LG ainda no primeiro tempo, quando ele tinha tudo para empatar a partida.
5. Eduardo Batista é cópia fiel de seu pai (Nelson Batista), que, para mim, manda seus jogadores baterem em campo. O que eles estão batendo é brincadeira. Neto Baiano faz falta o tempo todo e ainda sai reclamando tentando intimidar. Certo jogo na ilha (há cerca de 5/6 anos), ganhávamos por 0x1. No intervalo, Nelson Batista colocou Sandro Goiano para bater em nosso melhor jogador (me foge o nome), resultado, nosso jogador intimidou-se e eles viraram para 2×1, com a coisa abusando de bater em campo.
6. Eduardo Batista está na ilha há 4 anos e viveu nosso Tricampeonato. Ele sabe que não tem um time técnico e achou a única maneira de nos vencer, marcando forte, fazendo muitas faltas, batendo, intimidando e jogando nos nossos erros. Vica não estava por aqui em nosso Tri e não conhece essa história, por isso, tá querendo ganhar jogando um futebol vistoso.
7. No jogo contra o Bahia em Caruaru, jogamos com técnica e raça. Temos que fazer isso na próxima quarta.
Eu Acredito.
Vamos Santa !!!
o jogador era Gobatto e Marcelo Ramos jogava no Santa Cruz.
Pedro, excelente texto!
Aproveito para avisar a todos: quem não for para o jogo na quarta vai perder uma das maiores vitórias da história do Santa Cruz.
Concordo plenamente!!
Não gosto de nilson, acho que ele jamais deveria ter jogado na barbie. Entretanto, segundo me lembro, por causa do episódio ele ameaçou processar a barbie, ou sua diretoria. Exigiu que o clube pedisse desculpas. Após uma relutância, a barbie lançou uma nota pedindo desculpas (posso estar sendo traído pela memória).
Excelente texto. A coisa sempre foi imunda. Sempre lutou pra nao entrarmos na máfia dos 13. Cd a pernambucanidade? A imprensa sempre se calou!!.
Cd a imprensa cobrando mais igualdade na distribuição de quotas de tv??/ 30 milhões ano é fácil. Nunca vi um comparativo da imprensa entre o antes e o depois do boi tri-vice entrar na mafia dos 13/globo por ter vendido o amarelao de 87.
Essas cachorras ainda ficam reclamando da FPF. A FPF NUNCA teve um presidente tricolor. Carlos Alberto disse: Sou burro-negro, mas sou HONESTO. Isto já diz tudo. Depois do bode rouco vem esse Evandor, EX-CONSELHEIRO DA COISA. Queria ver o popoti aceita um ex-conselheiro coral.
Nós aceitamos tudo. A gente paga inteira e fica nas antigas gerais do xiqueiro e aflitos. Ninguém fala nada!!. Vcs vao ver o que as barbies vao fazer com a gente na arena. Vai ser lá em cima e xau, e pagando inteira.
Aí no arruda a gente dá estudane, arquibancada inferior, geral, cadeira….
Tem um tal de arnaldo no boi que vive botando pressão na arbitragem. A gente só diz: “confiamos na arbitragem”..bla bla bla.
O Santa tem é que vetar árbitros locais dizendo que a coisa ta botando pressão, dizer que eles ja entram com medo de marcar algo contra a coisa pra nao pegar geladeira. Pelo menos faz um migué.!!!!
Concordo!
Pedro, texto arretado e preciso.
Compartilho de forma irrestrita do seu ódio. Tenho a mesma visão: coisa e barbie representam o que há de pior no Brasil, e, em particular, no Recife. São o reflexo perfeito da caquética pequeno-burguesia recifense: anacrônica, arrogante, preconceituosa, megalomaníaca, estreita, deselegante, semi-culturada e truculenta. Representam, nos dias de hoje, os resquícios de um Brasil do passado, que há muito já deveria ter sido enterrado.
Lembro do primeiro jogo de futebol a que eu fui, logo quando cheguei, no inicío da adolescência, ao Recife, vindo de Santa Catarina. Um tio alvirrubro (meu pai não gosta de futebol) me levou às sociais do C. N. Capibaribe, para assistir a um jogo contra o Santinha. Pouco me lembro desses anos, mas a lembrança dos sócios alvirrubros humilhando os torcedores do Santa que ficavam na arquibancada, colados às sociais dos Aflitos, é uma das imagens mais nítidas que tenho guardadas em minha memória. Lembro especialmente de um sujeito alto, segurando um cartaz, e que, diante do olhar intrigado de um tricolor de aparência muito simples, pôs-se a humilhar o coitado, chamando-o de analfabeto, favelado e desdentado, arrancando uma profusão de gargalhadas dos demais boçais rosados. Aquilo me despertou raiva e compaixão inéditas, e torci fervorosamente para que o Santa Cruz vingasse aquele povo simples. Pronto, era o meu chamado, o chamado à paixão mais arrebatadora e irracional que eu iria experimentar nesta vida.
Sei que é meio descabido emprestar tanto significado ao futebol, mas desde aquele dia não consigo mais deixar de enxergar o Santa Cruz FC como um vingador, um defensor do Povo pernambucano, o autêntico “guerreiro do Povo” (que foi como entendi, ainda criança, a letra de “O Mais Querido” quando escutei o nosso “hino” pela primeira vez), a lutar contra a opressão dos proto-fascistas de duas cores.
O Santa Cruz é a minha causa.
cARO Pedro
Meus filhos Bruno e Maria Eduarda também estudam no Boa Viagem e o mais velho, hoje com treze anos, passou grande parte de sua vida escolar sendo também humilhado, só ele mais dois colegas eram tricolores, os outros se dividiam entre barbes e coisentos, inclusive teve um episódio onde uma diretora puxou o canto da coisa, após a final da Copa do Brasil, no bom dia do colégio, e em voz alta, para todos escutarem, mandei meu filho se retirar da formatura matinal dizendo que ele não era marginal, o triste foi vê-lo cabisbaixo com o fato. hoje os dois mais Pedro de apenas 2 anos se orgulham de serem torcedores do Santa Cruz, até o mais novo vai ao jogos, mais calmos lógico e canta nossas canções, eu ensino a eles que estando por cima ou por baixo devemos sempre ter orgulhos pelas nossas escolhas, desde que seja ró santinha, kkkkk.
digo pró Santinha
Amigo André, lembro quando vc contou esse episódio aqui no blog, anos atrás. Essa pseudo educadora deveria ser processada.
Graças a Deus ela não mais trabalho no colégio, mas concordo contigo em tudo, a demissão deveria ser sumária.
Parabéns!
Fato estranho, pois os donos do colégio são todos tricolores.
Foi uma pena terem ido tantos torcedores corais à arena MORADA DA PAZ. Naturalmente o ditador de gafieira adorou o público. A ponto de um JABAZEIRO aqui da imprensa, comentarista que tinha um bom conceito, chegar ao ridículo de afirmar que ” a arena mostrou que o pernambucano já está gostando dela. O Santa Cruz vai pedir outras vezes para jogar lá…” . É incrível como esse povo é venal. Não esconde o jabá que está recebendo para tentar salvar o empreendimento. Mas convenhamos, nós tricoloresl, que pisamos na bola em assistir jogo naquele cemitério do governador. Repito para os amigos, NÃO SALVEM O PESCOÇO daquele cara, que é INIMIGO DECLARADO NOSSO.
Se eu pudesse, iria a esse jogo de quarta. O Santa vai se superar.
Essa vitória do Santa Cruz contra o Porto foi interessante, foi importante. No entanto, espero que a psicologia dos nossos jogadores esteja boa e eles joguem melhor ainda e vençam o clássico de quarta-feira no Arruda. Espero que não fiquem nervosos, espero que joguem unidos, espero que marquem o adversário assim que ele pegar na bola. E quando o Mais Querido estiver com a bola parta pra cima com vontade de ganhar. Aproveitem as oportunidades. Treinem pênaltis que poderá acontecer. Tenham cuidado para não tomar gol principalmente o nosso goleiro. Enquanto isso, Família Tricolor, vamos ao Arruda apoiar o Santa Cruz. Vamos convidar nossos amigos e amigas através das redes sociais, vamos convidar pessoalmente, vamos levar nossas famílias, nossas namoradas, nossos filhos, filhas, esposas, amigos e amigas. Todos no Arruda com o pensamento positivo, apoiando o Mais Querido, do início ao fim da partida. Vamos ao Mundão do Arruda Galera Tricolor. O Mais Querido precisa do nosso apoio.
Não tenho dúvidas de que venceremos quarta. Estarei lá pra conferir. Já a classificação …
Muito boa a qualidade do texto e alguns comentários. Tem um que vai na veia, falando do comportamento da imprensa daqui. Por exemplo, o flamengo é campeão nacional de 1987. Mas há quem pense o contrário aqui ou ali, por motivos diversos (vejam, por exemplo, o comentário de Juca Kfouri sobre o assunto). Mas aqui não. a imprensa não admite outra possibilidade. 100% da imprensa local pensa igual à coisa. Isso diz tudo. Confesso que não tenho esse ódio todo pela barbie. Até porque boa parte de sua torcida diz abertamente que nutre simpatias pelo Santa Cruz. Isso é fato. A barbie, inclusive teve um campeonato bem divertido na série A do ano passado. A barbie é tida como o time mais frouxo do mundo, segundo o google (e olha que nos lascamos também nessa história). Já a coisa é tão repulsiva que o ex-ídolo de lá, o juninho pernambucano, um bom jogador, tem raiva dela.
Pra mim a barbie e a coisa é tudo farinha do mesmo saco. Elas tem o mesmo DNA desde suas origens…
Apenas pela torcida da coisa ser maior e o time deles ter mais titulos que a barbie ai o nosso foco aumennta mais contra a coisa.
Mas pra mim são tudo da mesma me…
Apesar de tudo isso, claro que se não for pro Santa Cruz ser campeão nem algum do interior então menos mal que seja a barbie campeã no lugar da coisa!!
Pra mim a coisa tem mais títulos tão somente por conta do C13, que só fez mal ao futebol brasileiro. Depois que eles entraram no C13 foram penta campeões duas vezes. Podem observar.
Perfeitamente.
Quarta vamo encher o arruda e fazer pressao !!esperar que vica coloque o time correto..mas vamo la,com qualquer um..serao 90 minutos de apoio !!
Que texto excelente, Parabéns!
Sendo passado ou não, quando falamos que eles são tri-vice , a fúria deles só faz crescer, é muito divertido.
Família Tricolor,
Esse texto tem que chegar até os atletas, tem que chegar caralho.
E a diretoria vai ficar dormindo no ponto e não vai reduzir o valor dos ingressos??
Tem que ter promoção pra massa invadir!!
P.S: Eu pretendo ir independente do valor do ingresso!
Quanto mais caro o ingresso, melhor para o político e sua trupe.
O vento que soprou contra pode soprar a favor da caravela coral. Para mim o segundo gol da coisa, que foi um frangaço do nosso paredão, é que talvez determine nossa eliminação. Mas como eu disse antes futebol é circunstãncia e se o vento soprar a favor e virarmos com 1 x 0 já no primeiro tempo o bicho pode pegar pois jogando em desvantagem o futebol da coisa é outro.
VOLTO A REPETIR:
Queria ver a coisa jogando em desvantagem no placar pois toda vez que isso ocorreu em 2014 eles perderam o jogo.
É preciso ressurgir o time de guerreiros. Somente assim derrotaremos a coisa. De outra forma não vai dar.
vica podia copia nao e feio isso foi usado por ze teodoro em 2012
http://youtu.be/yw_4E6l_cdU
No próximo jogo quando os jogadores estão desmotivados acreditando que não haverá ninguém na arquibancada para torcer, se surpreendem pelo fato da quantidade de torcedores indo rumo ao estádio para ver o jogo.
Antes de irem ao estádio jogar os jogadores se reúnem no cemitério junto de Jack e Red. E ele faz um discurso para inspirar a motivação de seus jogadores:
Quero falar do nosso adversário desta tarde. Eles são maiores, mais rápidos, mais fortes, mais experientes, e no papel eles são melhores. E eles sabem disso. Agora quero contar uma coisa que eles não sabem: eles não conhecem os seus corações. Eu conheço. Eu já vi.
– Vocês o mostraram para mim. Mostraram à equipe de treino, aos seus colegas de time. Mostraram a vocês mesmos quem vocês são de verdade, aqui dentro. Quando entrarem naquele campo hoje, vocês tem que jogar com o coração. Com suas almas e seus pés, com cada gota de sangue que vocês tem no corpo, joguem com o coração até o último instante, e se vocês fizerem isso, se fizerem isso, nós não perderemos. Nós podemos ficar atrás no placar, no final do jogo mas se vocês jogarem assim, nós não poderemos ser derrotados. Nós viemos aqui hoje pra relembrar, seis jovens, e outros 69, que não estarão hoje no campo com vocês. Mas eles estarão olhando. E podem apostar seus rabos, que estarão torcendo em cada jogada que fizerem. Vocês me entenderam? Como vocês jogarem hoje, desse momento em diante, é como vocês serão lembrados. Esta é a sua oportunidade, de levantarem-se das cinzas e receber a glória.
– Nós somos…
– Marshall
Hoje nós vamos vencer.
Eles então vencem, e depois do jogo todos continuam ainda no gramado, sentindo a sensação da vitória.
Jack vai até Don e entrega a bola pois é como é de tradição entregar a bola pro jogador mais valioso, e Don diz que não é jogador. Jack responde: Somos Marshall, aceitamos qualquer um.
Marshall perdeu mais jogos, nos anos 70, que qualquer outro time dos Estados Unidos. Mas mesmo assim, o time continuou jogando. Em 1984, eles ganharam seu primeiro recorde de vitórias em 20 anos. Em seguida ganharam 8 títulos consecutivos, 5 campeonatos estatuais, e 2 campeonatos nacionais.
Pode-se entender a história do filme como o mito da fênix, o pássaro de fogo que morre, e renasce das cinzas, e cria-se uma nova vida.
esse filme real foi usado por ze teodoro na final de 2012
Rapaz…só depende do Vica. Quem foi ao jogo viu nininho dando VELOCIDADE ao time. Nininho na direita e Renatinho na esquerda! VELOCIDADE, MOVIMENTAÇÃO e pra cima deles! Por favor, por favor, por favor sem jogador dorminhoco(Raul) em campo. E sem preguiçoso e comedido(Oziel). Tem que ser raça, correria, doação!!!!!!Se não for assim…não vai.
Infelizmente o placar tá adverso. Tem que ir pra cima mesmo pra eles sentirem que o time de guerreiro voltou. Se começar devagar, no jogo que a coisa quer, eles vão ditar o ritmo da partida. Mas se agente for pra dentro deles, eles não vão aguentar. É arruda, é nossa casa, é no mundão!!
POSITIVISMO
A melhor formação pro Santa é 3 zagueiros ou 3 volantes, soltando os laterais.
O melhor time pra quarta seria:
Th.Cardoso;
Nininho, E.Sena, Renan e Renatinho;
S.Manoel, Everton (ou L.Souza), Sorriso, Jeff.MA e ALGUÉM (C.Alberto, Raul ou CR7);
LG.
Não poderei ir. Desejo sorte aos que forem.
SaudaSanta.
Me identifiquei totalmente com o texto. Também estudei em colegio de Boa Viagem, proximo ao do autor do post, cercado dessa elite pernambucana metida a besta. Durante muitos anos fui o unico torcedor do Santa Cruz na turma. Era ruim nas derrotas e nas vitorias, nao tinha graça, pois nao dava nem pra zoar direito. E que fase ruim peguei, aquela dos anos 90…
Tudo mudou qd saí pra outro colegio. Parecia que morava em outra cidade, tal a quantidade de tricolores.
O país vive uma ascensao social, muitos tendo oportunidade de melhorar de vida, galgar novos postos. Temos tricolores empresarios bem sucedidos, ocupando altos cargos publicos por concurso, etc. Mas vamos sempre nos identificar com o povao. E quer saber? Acho isso otimo, pois o povao é a melhor parte do Brasil.
Como também moro longe do Recife, sinto muita falta dessa humildade sincera do torcedor coral, tao diferente da empafia e arrogancia dos rivais bicolores. Lembro que ate os da Rosa e Silva, mesmo contumazes perdedores, sempre tinham o argumento final “e tu torce por esse time de favelado, de banguelo, de preto?”. Nao nutro nenhuma simpatia pela barbie, mt por conhecer esse lado.
E que nossos jogadores nunca se esquecam de quem eles representam. Entrem na quarta com sangue nos olhos! Podemos nos classificar. Que eles e Vica saibam disso!
POSITIVISMO SEMPRE VAMOS GANHAR DA CACHORRA DE PELUCIA
Eu Acredito!
Pois é, foi a Bárbie que ressuscitou as Moreninhas da av. Abdias de Carvalho. A Coisa estava morta, mas o pai salvou o filho. Se o Santinha jogar com garra, ganharemos na quarta-feira. Vica tem que povoar o meio de campo pra reforçar a frente da zaga.
Texto excelente, fiquei emocionado. Lembro que ainda criança as poucas alegria que tinha, era ver os jogos no mundão do Arruda. Tive uma infância muito pobre, inhamos si espremendo e entrávamos no estádio. Graças a Deus hoje tenho uma boa condição financeira, tenho orgulho de ser da torcida do povo.
Fico enojado com as atitudes preconseituosa, direspeitosa prepotente desses torcedores que prefiro nem falar o nome.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Alguem me chamou?? olhe lá em?? depois depois!!
Má rapaz! faça uma coisavtnc dessa não!! oxiiiiiiiiiiiii
deu a febe do rato no blog foi?? tava lendo as postagens mininuuu agora tem um monte de cavaleiro né? oiaaaaa!
tarde demais pra querer pintar as nadegas de amarelo e querer aparecer! ano passado disse aqui que por mim natan era prá ter mandado embora, não pelo seu futebol mais é um cara doente, esse ano falei que era bom ele fazer uma facul porque de futebol não passaria disso!! agora ficam faltando com respeito ao cara!!
7×0 eitaaaaaaaa o tricolor voltou!! voltou de onde Arnildo?? o time é fracoooo, meteu 4×0 será que vltou? voltou nada é fracoooo!! eu me arretoo com vcs porque conhecem de futebol e ficam sem querer enxergar o obvio!!
genteee acreditemmmm esse elenco já deu tudo que poderia dá, disso não passa!! é como uma laranja que vc espreme a ultima gota do caldo pronto!!
queria muitoo tirar o time do cão qurta feira, mais pelo o futebol que vem mostrando só se eu fosse doido acreditar!! se brincar é outra lapadaaa. eu estou com a febe do rato de raiva do time do cão, mais com esse elenco eu não acredito em mais nada.
ou contrata jogador que preste ou é série C novamenteee!!
E por causa disso tu vai deixar de torcer?
Eu não, vou continuar torcendo APESAR disso, jogador fraco passa, diretoria sem visão passa, presidente político passa, só não passa meu amor pelo Santa Cruz!
wiltonnnn monteiroooo!!
aparece vem defender os teus chegadossss!! hoooo meu DEUS me dá uma penaaaa!!
Com relação à cabotinagem pedante desses caras eu só tenho que dizer que quarta feira estarei lá, no Arrudão, independentemente das estatísticas desfavoráveis.
Assim é o torcedor santa-cruzense.
Maravilha de texto, parabéns!
Este texto é uma página da história de cada um de nós torcedores corais. Sempre em minoria e da minoria o único que fazia barulho era eu, principalmente no antigo 2º grau, vibrava praticamente só nas vitórias e conquistas e sofria quando nas derrotas era humilhado, mas tudo isso só fez fortalecer esse amor que tenho pelo Santa Cruz tornou minha “casca dura” e hoje digo que meu amor pelo Santa é blindado, a prova de balas.
Que texto!!!.
Pedro, texto perfeito e para mim, particularmente, memorável, pois estudei no mesmo colégio entre o fim da década de 1980 e meados da década de 90.
Realmente eramos poucos. Na sala éramos uns três. O resto era a burguesia rubro-rosa arrotando vantagem. As piadas preconceituosas eram constante, mas não ligávamos.
O amor pelo Santa Cruz neutralizava qualquer coisa. Hoje, eu acho que é mais fácil ser tricolor nessas escolas de classe média. Na minha época foi um teste de resistência.
Perfeito, eu sou mais um caso dessa resistência!
não passei por isso estudei em escola pública e a maioria era tricolor. Apesar de achar esse time HORRÍVEL,eu ainda acredito na classificação se VICA escalar o time correto. sem Oziel,Sorriso e Raul já é um bom começo! QUARTA É PAU NA COISA DO MANGUE !!!
Como foi o lance da contusão de Cassiano? alguma entrada maldosa do jogador da coisa? A diretoria tinha que gritar…outra coisa, olho no dopping…tem nego ali jogando alucinado…
Isso que eu não entendo: O jogador da coisa maldita é pego no antidopping e nada acontece.
Então, pra que essa p…?
Só gasto?????
tem que partir pro abafa…se saírem dois gols em momentos próximos, a classificação virá…
a zaga da coisa é fraca…se botar velocidade, eles se perdem
Raul tá desmotivado pra jogar/ treinas porque foi vaiado, é mole?
imagino um cara desse jogando num corinthians ou palmeiras da vida, onde as torcidas organizadas fazem pior.
“Converso com minha esposa e falo pra ela que vou a pulso treinar. Às vezes, dá até vontade de chorar”.
Raul, meia do Santa Cruz
É muita frescura, PQP! e esse cara vai ser titular na quarta-feira, Vica?
Levaremos outra lapada, já tô vendo, aliás, não verei, irei dormir cedo, saberei do resultado no dia seguinte.
*treinar
Pois é, ele tá demonstrando que não tem equilíbrio emocional pra vestir um manto de uma torcida gigantesca..
Isso é mais um fator pra Vica deixar ele no banco, esfriando a cabeça, e a diretoria o guiar pro setor de psicologia do clube(será que ainda tem?).
Jogar no Santa Cruz com medo de vaia é que não pode ser, ele ainda tem sorte que nossa torcida de modo geral ainda é muito pacífica, se fosse numa gaviôes da vida ai que ele tinah tudo pra chorar mesmo.
Exato, Bruno.
Melhor colocar Raniel, garoto da base, do que Raul.
Uma coisa (VTNC) eu digo, os jogadores da cachorra estão com zombaria, desdém, não só com esse time atual do Santa Cruz mais também com a própria torcida Coral. Outra coisa (VTNC. Tem jogador nosso doido prá torar a cachorra.
E Dênis Marques, dessa vez, parece que está retornando mesmo. Esteve ontem, no Arruda, com um empresário, conversando com a cúpula coral.
Só quero saber onde fica o Vica nessa estória…
Para Dênis Marques voltar agora é um tiro no pé. É os diretores não acreditarem em Vica e já estão esperando a eliminação, uma pena. Espero que Vica e o elenco nos mostrem o contrário.
São muito criativos, nossos diretores. Mais do mesmo. Se Dênis estivesse tão bem assim, já estaria jogando em outro clube. Saiu daqui em dezembro e, até agora, não conseguiu um clube para jogar. Só no SCFC, mesmo.
Pedro Moura, belíssimo texto. Seria bom que fosse lido pro time nesta quarta-feira.
Não vou assisitir esse jogo, pois minha raiva é muito grande. Perder dois jogos pra cachorra e da forma que perdemos é prasifu! Guento não! Se Vica barrar Raul, temos uma pequena chance de vencer a partida. A classificação, porém, é pouco provável. Quero ter de lavar a boca, mas pelo histórico do 3 últimos clássicos…
Assiste o jogo via canal interativo, com uma dose de rum ao lado e pensando “SE ESTIVESSE NO ARRUDA ESSA HORA ANDRE ESTAVA ME SERVINDO UMA LAPADA DE UISQUE, garanto que com este pensamento positivo ganharemos o jogo.
So não tomarei uma porque estou, novamente, cirurgiado.
A essa altura, infelizmente todos já sabem que perdemos mais uma vez pra coisa, mas quero parabenizá-lo pela excelente crônica escrita. Você conseguiu descrever exatamente o sentimento e a percepção que eu tenho sobre a forma que a torcida da coisa se referem a nós. Eles se acham tão superiores que isso sobe à cabeça deles ao ponto de dizerem que somos um torcida de banguelos, ladrões de carteiras, favelados, analfabetos e outras idiotices. A coisa sai do plano esportivo para o plano social e até pessoal. Como se no meio da torcida deles todos fossem ricos aristocratas. Acho que isso revela uma soberba remonta à época do Brasil imperial, dos senhores de engenho e da sociedade tradicional pernambucana. Eles se acham os senhores do engenho e nós os escravos da senzala. Sou tricolor com orgulho, não sou rico mas nunca passei fome, sei ler e escrever muito bem, melhor que a maioria deles. Acho que a única maneira de baixar essa empáfia rubro-negra é continuar ganhando campeonatos locais e nacionais, aumentarmos a nossa forma na região, assim consequentemente a torcida, que é uma das mais apaixonadas e admiráveis, também vai crescer junto com o time.