Procurei meu amigo Zeca na tela da TV. Toda vez que davam um close nos nossos heróis que foram ao jogo, eu ficava tentando achar o filósofo. Não consegui falar com ele. Mas pelo que vi da pelada, Zeca deve estar enchendo a cara de álcool, fumando e escutando heavy metal nas alturas.
Uns acham que a questão são os salários atrasados. Outros dizem que a culpa é de Jomar e Tininho. Tem gente que quer ver o diabo, mas não quer encontrar com Alírio. Com todos os amigos que converso, mando a pergunta: e aí, tu acredita que com esse time que está aí a gente se livra da C? Alguns fogem dela, como um americano foge do furacão. Quase todos respondem: acredito não.
Hoje, nem precisava ter jogado um grande futebol. Bastava uma vitória. Uma simples vitória de 1 a 0, daquelas que engana torcedor, seria o suficiente para renovar nossas esperanças. Se tivesse vencido hoje, a massa coral voltaria com gosto de gás e jogaria junto. Teríamos a semana para motivar o povão. Mas do jeito que está aí, só o mais fervoroso otimista, daqueles fundamentalista, tem fé que este nosso elenco pode fazer mais do que vem fazendo.
Tá difícil, meus nobres! Quando penso numa outra volta para sericê, bate um desespero, uma morgação geral.
Segunda-feira quero conversar com Ivonaldo, o cara da xerox, pra ver se ele injeta ânimo nas minhas veias. Até quarta-feira, ele estava bem otimista.
E vou esperar Zeca dar o ar da graça por aqui e mandar suas impressões. Afinal, ele estava em Natal.
Hoje, não escrevo mais. Vai só esse textinho, mesmo. Não vou perder tempo falando da ruindade de cada jogador, dos erros da diretoria, da falta de dinheiro, das eternas mazelas do nosso querido Clube.
Minha vontade mesmo é mandar todo mundo pra puta-que-pariu!