Em uma de suas canções, Caetano Veloso canta: “Alguma coisa está fora da ordem, fora da nova ordem mundial”. No caso do Santinha, pode-se dizer que alguma coisa está, há muito tempo, fora da velha ordem do clube.
Com os sucessivos desastres do ProSanta e a saída prematura e bem-vinda de Joaquim Bezerra, novas eleições indiretas foram convocadas. O problema aqui não é dizer que estamos sendo democráticos seguindo o estatuto. O problema é que o estatuto deixou de ser democrático exatamente por não ter previsto eleições diretas em casos como esse.
Daí a velha ordem ressurgiu das cinzas. Albertino e ALN lançaram suas chapas.Waldemar Oliveira – que tinha o apoio de alguns grupos políticos – abandonou logo a empreitada e deixou essa galera revoltada.
Os dois contendores se debatem na tentativa torpe de um impugnar a candidatura do outro. Isso é tão vergonhoso e triste que revela a total falta de empatia desses grupos com a real situação do Santa Cruz.
Tem um pessoal revoltado no Twitter dizendo que, se Albertino se tornar presidente, irá torcer para o Íbis, abandonar o Mais Querido. Nem com a porra eu faria isso. Não apoio nem ALN e nem Albertino. Ninguém quer mais do mesmo, mas é exatamente isso que o ProSanta nos entrega. É revoltante ver como essa galera é descolada do clube.
Disseram nas redes sociais que a Inferno está apoiando ALN. Não sei se procede. Criticaram o ProSanta e Joaquim com veemência. Creio que seria a hora da nossa organizada fazer política e exigir eleições diretas em vez de apoiar x ou y.
Se eu fosse conselheiro, votaria nulo e escreveria uma carta aberta à torcida exigindo eleições diretas e tempo para que chapas progressistas se candidatassem. Essa velha ordem vai afundar ainda mais o clube.
E para quem ainda defende essa temeridade da SAF como a salvação eterna, o que me diriam se Laércio Guerra comprasse o Santa Cruz? Ou se um grupo de investidores ligados a Joaquim Bezerra assim o fizesse? Em SAF, meus amigos e minhas amigas, não tem crítica, não há democracia e que se foda o povão. Iludir-se com isso não é minha praia.
Mas em política não dá só para criticar e não ter propostas factíveis, é preciso ser propositivo e pragmático. Sendo assim, tenho minha chapa em mente em um mundo ideal, surreal, anárquico, revolucionário, onírico e carnavalesco. Quem comporia minha chapa?
Esequias Pierre para presidente. Sama para vice. Fred Dias no jurídico. Gerrá em assuntos aleatórios. Inácio como diretor de futebol e minha nora, Anna, no marketing. Oxe, em pouco tempo estaríamos disputando a Séria A, a Libertadores e caminhando para o Mundial. Sonho só tem preço na padaria.
No mundo real, vou convidar meu amigo Pietro Wagner para vir aqui em casa na próxima quarta-feira para acompanharmos a peleja contra o Capibaribe. Gelar umas cervas, deixar o tira-gosto pronto e torcer, abstraindo essa realidade absurda que ronda o Arruda.
Mas não é só torcer o que nos resta. Ação política contínua deve ser o norte de nossa torcida. Sem luta, camaradas, não há mudança. Essa galera já deu, de boa. Para uma nova ordem mundial, só eleições diretas já!
E salve meu Santinha!
Pois eu acho que a saída seria a SAF, diferente deste querido e brilhante articulista.
No mais, lamentar a briga entre esses candidatos que mostram assim estarem preocupados com o próprio umbigo, afastando a possibilidade de um candidato que parecia ser a melhor opção, diante do caos. Lamentável também perder essa cerva com o Zeca, para debatermos também a SAF.
Quem sabe um dia…, daqui de Brasília, sempre na torcida do inesquecível tricolor envio
Sds corais.
Abs