O que fazer?

Sem o mando dos três primeiros jogos da Copa do Nordeste, sem renda que valesse a pena nos clássicos banalizados, sem participar das finais do estadual, sem não sei mandos de campo por causa do crime de sexta-feira. Conclusão: fudeu a tabaca de xôla.

Não conheço as contas do clube, mas para quem depende das bilheterias como o Santa depende, arrisco um palpite: estamos lascados como sempre. Com o agravante que, na série B, os salários são mais altos. Se a vitrine é maior, o mercado é mais áspero para os descamisados.

E nós, torcedores, não podemos ficar olhando a caravana passar direto para o abismo. Ou então ficar fazendo o que muitos tricolores estão a fazer desde sexta-feira: meter o pau em tudo, meter o pau em todos, meter o pau em nós mesmos. Sinceramente, nós aqui do blog estamos até a tampa com essa turma. Da mesma que ficamos putos com as vaias ao time no final da partida contra o Paraná, mas isso será tema de novas postagens.

Nos identificamos de verdade com o pessoal que organizou com a vigília em frente ao pátio de Santa Cruz na véspera do centenário (foto). Ou a turma que a bota a Minha Cobra na rua na segunda-feira de carnaval. Ou com o velho compositor que faz sambas e frevos sobre o clube das multidões. Ou com os leitores que, nas primeiras horas após o anúncio da interdição, já lançaram a proposta de comprar ingressos simbólicos. É com esses que nós vamos.

Bom a garotada que fez a vigília se juntou com os quarentões e trintões da Minha Cobra para soltar fogos ao pé do muro dos Aflitos hoje à noite, no exato instante em que o time estiver entrando em campo. Para que eles saibam que não estão sozinhos. E, depois do jogo, vão todos para a saída do ônibus coral aplaudir os jogadores.

E por aqui nós resolvemos encampar essa ideia simples e inteligente dos ingressos simbólicos para ajudar o Santa.

Ainda agora conversei com Tininho por telefone. Ele me disse que o clube não pode vender nenhum tipo de ingresso vinculado ao jogo, sob perda de uma pena ainda maior. Mas que vai apoiar os torcedores que resolverem vender ingressos simbólicos que não dão direito a jogo nenhum. Depois, o dinheiro seria repassado para o clube a título de doação. E ele se compromete a informar no que o dinheiro for usado.

Precisaremos de gente para cuidar das vendas na porta do clube, pois nenhum funcionário pode se meter nessa história. E precisamos que os outros blogs corais e o pessoal das comunidades nas redes sociais se mobilizem para divulgar. A princípio, nossa proposta é que cada papelzinho sem valor seja vendido a R$ 10,00.

E aí? Vai encarar? Ou prefere ficar reclamando do técnico, do STJD, do presidente, de Raul, de Tininho, do diabo a quatro?

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