
O sanfoneiro Chiló, da lendária Sanfona Coral, tomou chá de pantim um tempo desses. Ficou irado com o lance das “Arenas”, que estão mesmo virando elefantes brancos e caros. Depois teve crises e convulsões, quando passaram a proibir cerveja nos estádios. Nisso ele está certo. Foi uma aberração que nos custou muitos e muitos latões a menos no organismo.
Mas lembro que, numa farra no Poço da Panela, ele já tinha tomado uns aperitivos e depois de um silêncio filosófico, me contou um segredo:
“Quando a cerveja voltar aos estádios, eu volto”.
Pois bem, aconteceu o milagre da volta das cervas aos estádios em Pernambuco.
Já deve estar valendo no jogo contra o Framengo, no dia 24.
O homem da Zabumba, senhor Gerrá Lima, que escreve neste blog, já está pronto para os 90 minutos de forró, acompanhado de sua mulher, Alessandra Malvino, que toca triângulo. Tudo depende, agora, de algum novo pantim ou passamento do sanfoneiro.
“Só toco se for na sombra”;
“Se rolar um táxi para o Arruda, tudo bem”;
“Estou com suspeita de Dengue”;
“Só volto depois do Carnaval”.
São apenas algumas das desculpas esfarrapadas que ele pode inventar, para não reiniciar a temporada de paródias fenomenais da lendária e eterna “Sanfona Coral”.
Do alto da minha prosopopéia, abro os braços como quem prega no deserto musical futebolístico e lanço minha pergunta essencial:
“E aí, sanfoneiro, vais amarelar?”
Aguardemos.