
Amigos leitores, estamos realmente preocupados com a ausência longa do senhor Inácio França, fundador e escriba do Blog do Santinha. Escrevemos um texto levantando suposições e dúvidas sobre o paradeiro do nosso amigo. Aguardemos algum retorno.
Especulações de Gerrá Lima
Andam me perguntando por Inácio França. A última vez que o encontrei foi nas ladeiras de Olinda, no dia da saída da Minha Cobra.
De lá pra cá, nunca mais vi aquele bicho.
Nem através de textos nesse Blog, tenho visto Inácio. Não lembro qual foi a última crônica que ele postou aqui.
O cabra não responde e-mails, mensagens e não retorna ligação.
Por zap-zap é impossível encontrá-lo, pois o celular dele é do tempo que existia a Telemar. O aparelho que ele usa não tira nem fotos.
Na última segunda, encontrei com Samarone e conversamos sobre o assunto.
“Sama, que fim levou Inácio?”
“Rapaz, faz tempo que não vejo. Tá difícil falar com França! Parece que ele tá escrevendo um livro. E aí fica trancado num escritório na Boa Vista, sem contato com o mundo. Tu num sabe que aquele frangolino é meio doido!”
Pelo que conheço, Inácio deve estar cheio de nó pelas costas.
Também pudera, o sujeito tem três filhos para administrar, precisa garantir a bolacha dos meninos e ainda vive arrumando coisas para fazer. Sempre tem uma reunião para tratar de algum futuro quase projeto.
E tem mais, se o Santa Cruz estiver a perigo, ele fica azedo, ácido e impaciente. É de um mau humor, triste! Por qualquer besteira, é capaz de mandar um “vá se fuder” sem medir distância.
Mas sábado passado, depois da goleada que demos no time de Caruaru, avistei Inácio de longe. Vestia o manto coral e uma calça jeans. Parecia bem animado.
Fiquei até na expectativa que ele fosse publicar um daqueles textos irados sobre nossa vitória.
Liguei pra ele na segunda-feira e, de novo, o telefone só dava fora da área.
Então, meus senhores, se algum de vocês esbarrar com Inácio França, um cara magro, sem barba e bigode, que tem um bucho grande e usa óculos, por favor avisem que o Blog do Santinha tá procurando ele.
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Especulações de Samarone Lima
Não tenho informações precisas, porque está difícil de encontrar com o velho amigo França.
Temos um programa toda sexta-feira, na Rádio JC, a partir das 21h30 (“Para gostar de ler”), nos encontramos meia hora antes, para discutir a pauta, ver os convidados, mas ele só fala de literatura. Suspeito que ele esteja com um projeto paralelo, envolvendo mídias sociais, sites, mas é um mistério danado. Puxo assunto, mas ele começa a falar de Dostoievski (está lendo o segundo volume de “Os irmãos Karamazov”, imaginem) e pensa em agarrar “Guerra e Paz”, de Tolstoi (outros dois volumes).
Tem hora que toca o celular dele (que é do tamanho de um Atari), mas ele se afasta e começa a conversar com um ar grave com um sujeito que ele apelidou de “Cetico”. Nunca diz o nome do cara. Temo ser algum laranja. Puta merda, o França na Lava-Jato?
E tem um papo sério com um tal de “Archteg”. De vez em quando cita esse nome nas conversas com esse sujeito misterioso. e o “Archteg” está bem, se tem aparecido bem etc. Em meus delírios de grandeza, pode ser que ele esteja na comissão técnica coral, monitorando revelações do Campeonato Alemão. Mas isso precisava de tanto mistério?
Sei que ele lugou uma sala aqui pelo centro, e que está escrevendo um romance e sua autobiografia (em sete volumes), mas não revela o endereço nem a pau. Parece mais aqueles guerrilheiros da década de 1960/1970, que tinham “aparelhos” para escapar da repressão.
Textos no Blog do Santinha, nem para remédio.
Agora estranhei algo. No jogo passado, que iniciaria às 18h30, ele já estava no Arruda as 16h.
Depois, vi o amigo dele, o tal “Cético”, no gramado, em pleno intervalo. À saída, ele estava apreensivo com algo. Declinou da cerveja que ofereci. Isso depois de uma goleada por 4 x 0.
O senhor Inácio França está escondendo alguma coisa. Quem souber de algo, favor informar nos comentários deste valoroso blog.
Por precaução, vamos manter nossa equipe de advogados de plantão.