Twitter e traças.

Agora estamos no Twitter, meus amigos e minhas amigas tricolores corais. Se você usa essa rede social, dá uma entrada lá, pesquisa Blog do Santinha ou #jcmup80 e segue a gente que te seguimos de volta. É mais uma maneira de interagir com a torcida mais apaixonada desse Brasil e saber dos bastidores do clube e o que estão fazendo ou não fazendo pelas bandas do Arruda. E o que há de gente irada com os desmandos da atual gestão não é brincadeira.

Enquanto isso, no mundo real e concreto, paira no ar o temor de que estão enterrando o Santinha em definitivo. É tanto bate cabeça da direção que esse medo se espraia em quase todo discurso que vejo nas redes sociais. E não é sem sentido esse sentimento.

Passei um dia desses no Arruda para ver de perto o que estão postando: a fachada, tão decantada como promessa de campanha, está absurdamente entregue às traças. Na verdade, o Santa Cruz está todo entregue às traças. O setor de atendimento aos sócios parece escola abandonada. Creio que vocês viram os vídeos. É um abandono gigantesco que dói na alma.

Tem sócio do interior reclamando que compra camisa e o produto não chega. Ou que tem que vir ao Recife pegar a encomenda. A Comunicação simplesmente não existe. Isso se tornou claro quando fomos comprar os ingressos para o jogo contra o Floresta. Precisou a Inferno orientar a torcida. E nada mudou.

Saímos do G20 da Timemania. O Marketing é nulo. Não há um programa sério de cooptação de sócios. Também, com esse caos todo é meio difícil mesmo. E qual é mesmo o nosso patrocinador master? Tem?

Incrível como não pensaram, durante esse período sem campeonato algum para disputar, em organizar amistosos. Porra, essa torcida é doida. Fomos em massa ver treino no campo de Rio Doce, imagina qualquer jogo minimamente organizado?! Seria uma maneira de manter o time em contato com a torcida e arrecadar alguma grana extra. Mas todo mundo de férias forçadas e uma porrada de salários atrasados.

Por falar em redes sociais, meu amigo e poeta, Pietro Wagner, postou essa foto que emoldura esse presente texto. Ele escreveu a seguinte mensagem: “Essa máquina de escrever foi de meu avô. Tá se acabando na ferrugem porque não sei onde restaurar. É uma lembrança importante pra mim, já que significa, bem pra mim, que gostar de escrever eu não inventei. Mas o que é imortal tá lá atrás, desfocado porque é assim o momento hoje desse time. Vilipendiado e jogado à infâmia por quem nem merece dizer que é tricolor. Mas o Santa Cruz é gigante e imortal. Vai sobreviver à destruição sistemática que esses caras que estão lá fazem com a perfeição maldita dos bolsonatos, escola terrível e fatal que está no poder, infelizmente. Mesmo que se em algum momento a tragédia aconteça de vez, a imensa e fiel massa coral sempre será Santa Cruz de corpo, alma, coração e vida. Eis o que sou. Santa Cruz até morrer”.

Que encontremos logo uma oficina de restauração para retirarmos as ferrugens que corroem o Santinha e parecem querer nos afundar em um ostracismo perverso. Só assim evitaremos esse hiato de hesitação que o texto do poeta demonstra. Que esses senhores egoístas, centrados apenas na porra dos seus bolsos, descolados dessa paixão atávica possam sumir de vez. Que não acreditemos em aventureiros sem conhecimento algum do futebol com seus projetos pessoais de vaidade. Que possamos expurgar esses destruidores do mapa e encontrarmos uma saída urgente para nosso amado clube. Que o verbo vilipendiar seja enterrado e que só ele, e apenas ele, seja celebrado amanhã, dia 2 de novembro, dia dos mortos. Pois o Mais Querido, como diz o texto, é imortal!

Salve o nosso Santinha!

3 respostas para “Twitter e traças.”

  1. Não tenho Twitter, mas farei meus filhos seguirem de imediato.(prerrogativa de mãe)

    Seu texto como sempre primoroso, concordo em tudo, principalmente quanto a possíveis amistosos, para mim uma saída óbvia. Mas quem sou eu, apenas mais uma mulher tricolor apaixonada…

    Salve o nosso Santinha!

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