O ProSanta surgiu como uma promessa de inovação, transparência e excelência na administração do clube. Cansados de uma história crônica de má gestão e a falta de bons resultados em campo, a galera de Frutuoso demonstrou que realmente sabe fazer marketing e que possui cacife político para ganhar uma eleição.
Antes das eleições, eu tomava umas no Pátio da Santa Cruz quando me encontrei com Esequias. Ele vaticinou: “Zeca, essas chapas são como o Centrão e a Direita no Congresso. Sempre do mesmo”. Na hora, eu pensei que era pessimismo dele, já que estávamos calejados com os tropeços anteriores.
Eu cheguei a acreditar em Alírio e me decepcionei. Não acreditei em Tininho, logo não houve decepção. E acreditei muito no ProSanta, confesso. Com as eleições ganhas, eu portava um sentimento de confiança, apesar de que Joaquim Bezerra soava estranho no meio de uma concepção de inovação, arroubo jovem e criatividade. E ainda havia o assombro do Mequinha.
As reuniões virtuais com todos os sócios, a luta pelas mudanças no estatuto, a transparência com a contabilidade, o direito ao voto e minhas conversas semanais, via WhatsApp, com meu amigo Juninho indicavam que era o casamento perfeito. Realmente, força de vontade e transparência é algo que não posso negar que há nessa turma.
Mas há um fato incontornável quando se quer fazer política em um clube de futebol: é preciso ganhar os jogos. E rebaixamento é a tradução de incompetência, limitação e equívocos. Foi Fábio Mendes do Jogo Aberto Pernambuco que traduziu o que já sabíamos: os erros contínuos da diretoria de futebol anunciavam um desfecho trágico para o Santinha. Fabiano Melo, ao assumir a gestão de futebol, não conseguiu acertar. Já estávamos lidando com uma porrada de treinadores sendo trocados e, agora, era uma penca de contratações aleatórias. O mesmo que havia sido feito por Tininho. Fim do poço à vista.
Para piorar a situação diante da torcida revoltada com tantas derrotas e com um péssimo aproveitamento em casa e com o fantasma da Série D batendo à porta, velhos medalhões do Santa Cruz foram convocados para ajudar na gestão. O que era novo nada mais era do que isolamento e certa falta de tato em lidar com a realidade. E ainda saídas de pontos estratégicos da gestão diante da pressão. A ira e decepção tomaram a torcida no Twitter: inevitável.
Após a derrota contra o Altos, Fernandes soltou o verbo, mas se absteve de apontar todos os culpados. Talvez haja uma maldição no DNA do Santinha que precisa de um exorcismo brabo.
Estou puto da vida com essa que pode ser uma das nossas piores temporadas, algo comparável à série de quedas históricas. Fiquei inadimplente de minha mensalidade de sócio, por enquanto. Curtindo minha raiva e frustração. Depois a vida segue seu curso. Talvez possa ser entendido como covardia ou revolta juvenil, mas é verdadeira, real. Indignado com esse time e com a aproximação calamitosa de uma Série D com 8 grupos e o inferno na terra novamente.
Mas isso não significa que defendo golpe dentro do clube como me alardearam. O pleito eleitoral foi legítimo, dentro da legalidade e da vontade da torcida. Isso é inegável e tem que ser respeitado. De Golpe basta o que sofremos em 2016 e deu no que deu. Que nos sirva, mais uma vez, de lição: fazer futebol, meus amigos e minhas amigas, não é para os fracos. O que era casamento virou nosso funeral. Enterraram, de novo, o Santinha. Mas sigamos. E que planejamento seja a palavra de ordem.
O mais dos otimistas vai dizer: ao menos, ano que vem, teremos a maior torcida em campo do país. Vai ser dureza. Mas tricolor coral das bandas do Arruda é um povo louco mesmo. Salve meu Santinha!
Nota: esse texto é um desabafo mesmo. Daí nosso súbito retorno.
Vou comentar.
O primeiro, seria o único?
2 anos sem posts.
Me avisaram desse novo texto.
Mataram o Santa.
De qualquer lado que venham os gestores, matam o Santa.
Pqp.
Estamos de volta. Sexta tem mais. Um abraço.
pensei que o blog tinha morrido antes do Santa.
fora pro santa.
Estamos vivos, de volta e com o pensamento sempre crítico. Um grande abraço.
Essa gestão não é transparente. Nem dá pra ter fé, depois de tanta pixotada, que vão fazer bom planejamento. Espero que não inventem de privatizar o clube. Mas que bom que o Blog tá vivo.
Voltamos. Sexta tem mais. Um abraço.
O momento é péssimo, mas confesso que estou super feliz com o novo texto no blog , grata Zeca!
Obrigado, Márcia. Sexta tem mais. Estamos de volta.
Marcia foi guerreira durante o limbo do Blog. Sou testemunha rs rs rs
kkk, você também aparecia então somos os dois guerreiros.
Mais um momento para saber que o SANTA CRUZ necessita de resileiencia,resistencia e não resignação. Vamos mais uma vez sair da lama e do caos com luta,perseverança. Vamos manter nossas mensalidades em dia e , definitivamente fazer com que as divisões de base tenham apoio para a formaçãoo de jogadores compromissados com a força de nossa torcida
Exato.
Até que enfim, uma notícia boa, a volta do blog do Santinha. Na condição de verdadeiro tricolor, já estou pronto para as novas aventuras por esses interiores afora.
Estaremos. 🙂
Blz Zeca, Ói nós aqui través. O blog do Santinha resiste ao tempo mesmo que nosso clube insista em não sair do passado. Isso não é uma corda de caranguejos já um feitiço do tempo. PQP. Mas o blog de volta temos esperança no futuro que as redes sociais modernas só dá pra xingar sem sábias discussões. Que o velho blog nos leve de novo de volta para o futuro. Paradoxo do carai rs rs rs.
Excelente comentário. 🙂
Só deixou o meu Santa Cruz quando acabar futebol.
Pra num empacá no 13 Set 13 a gora são 14 comentários…
Muito bom esse retorno do Blog do Santinha! Cheguei a escrever pra vocês perguntando pelo blog, e nada. Agora, vamo que vamo!
Bora Zeca! Que nunca mais caiamos no golpe desses “heróis de internet”. O Santa é gigante e o povão vai reerguê-lo. Abs
Eita, o Blog renasceu!
Então o santinha renascerá!!!!
A história não tem sobre saltos. O caminho percorrido foi a construção do abismo a cada passo. Futebol não empresa privada, nem pública! Futebol é amor, superação. Ao longo dos anos tivemos diversos exemplos para o mal e para o bem. Infelizmente 2021, para todos nós, foi um tragédia anunciada.
Se não houver mudanças de rumos urgentes, 2022 aparenta ser muito pior. Temos alguns dias para pensar, propor e buscar novos caminhos.