Samarone foi curto e objetivo. “Não tenho saco para escrever nada. “Um time bosta, com um treinador bosta, é o que temos”.
Foi essa mensagem que ele enviou por e-mail.
Inácio está passeando. Viajou pra Belém e, pelo que conheço do velho França, deve ter se animado ontem quando fizemos o primeiro gol e hoje deve estar invocado.
Mas não podia ser diferente. Já se tornou uma tragicomédia esta nossa sina de ficar a frente no placar e não conseguir segurar o resultado. Quando não levamos o gol logo depois de termos feito, levamos no começo do segundo tempo.
Ontem, quando minha esposa avisou que o Santa Cruz havia feito 1 a 0, eu ironizei e disse: “daqui a pouco, eles empatam”!
Ela me chamou de pessimista. Mas logo sorriu e concordou.
Acho que muitos por aí, devem ter pensado assim também.
Quando chegamos nesse estágio, meus amigos, a coisa está séria.
De uma maneira geral, ninguém tem esperança que nosso time melhore ou que as coisas mudem.
Mas também, não é pra menos.
O treinador é um apombalhado. Um sujeito com cara de donzelão, que não fala nada com nada e que tem o currículo recheado de demissões e fracassos. Não sei se vocês já repararam, mas Sérgio Guedes tem a fisionomia da derrota.
Porém, sejamos justos, ele não colocou o cano do 38 na cabeça do Presidente Antônio Luiz Neto e gritou: “se não me contratar, meto-lhe bala”.
Esqueçamos o técnico por alguns instantes e olhemos para algumas belas perronhas que estão no nosso time.
Entre outras desgraças, temos:
No setor defensivo, Marlon. Na cabeça de área, Everton. No meio campo, Emerson Santos e no ataque temos Keno.
Eu poderia esticar mais a lista com Adilson, Nininho, Memo, etc, mas me tornaria repetitivo, afinal, nossa torcida sabe de cor e salteado os nomes dos peladeiros que estão no nosso elenco.
Mas, outra vez, justiça seja feita.
Esses jogadores, muito menos seus empresários, não botaram a peixeira no pé da barriga de Tininho ou Jomar e disseram: “se não me levar, dano a faca no bucho”.
Enfim, é em virtude de um time sem talento, mal treinado e sem alma, de um treinador de terceira categoria e de uma diretoria inerte, que bateu a famosa morgação na nossa torcida.
Quando isto acontece, é provável que bons ventos não virão por aí. Na nossa história, nossos melhores times sempre tiveram a alma e o coração da massa coral. Este de hoje, não tem.
Para mudar o rumo das coisas, é preciso dar uma chacoalhada nesse elenco. Comecem pela troca do treinador. Tragam alguém que tenha no semblante a imagem da vitória, que traga na voz os acordes da raça.
Ainda há tempo.