Fomos barrados no baile e, mais uma vez, iremos acompanhar o jogo do Pernambucano do sofá. A indignação da torcida coral não é pouca coisa não. A revolta se dirige ao Governo do Estado, SDS, FPF, PM, ALN e o escambau de asa.
No Tuit do Santinha, a mensagem é clara: “Torcida única, uma das medidas mais IMBECIS e sem resultado já adotadas. Pois a violência, que quase SEMPRE é fora dos estádios, não diminui por causa disso. Quem vai ao jogo para torcer e vibrar por seu time é prejudicado. Paciência”.
Esequias Pierre manteve esse tom: “Acho que é preciso fazer o que for necessário para garantir o rompimento dessa aberração que é jogo de torcida única e especialmente o que vem ocorrendo a anos em Pernanbuco”.
Concordo plenamente com essas duas proposições. Na verdade, parece mais que o Estado quer se eximir de sua função e deixar para lá o que pode ocorrer. A violência entre torcidas se dá quase sempre fora dos estádios, é combinada com antecedência, tem hora e local marcados, são as mesmas caras, a mesma libido e a mesma incompetência crônica de se fazer algo para coibir essa aberração.
Quem sai prejudicado é quem só quer torcer em paz. Sempre fui a favor das torcidas organizadas como local de articulação política das massas. Entretanto, não dá para compactuar com a violência que se alimenta de uma alucinação social grave. Mas é evidente que uma dose cavalar de consciência de classe e educação política iria direcionar essa energia toda para algo realmente produtivo.
Por isso que não tem quem me convença que esse papo de SAF é bom. Não haverá respeito pela torcida em nenhum momento. O único a ser respeitado nessa relação será o lucro. A torcida – organizada ou não – não poderá opinar em nada, uma vez que não se mete o bedelho em empresa privada.
Mas, saindo dessa tergiversada, é inegável que proibir a torcida de presenciar seu time em campo ou interditar o uso de camisas do clube é uma declaração clara de que falta inteligência, vontade política e investimento para que a violência entre as torcidas seja evitada na fonte.
Essa galera combina suas tretas nas redes sociais. Qualquer aparato de inteligência investigativa conseguiria monitorar essas articulações e miná-las na base. Além disso, há os casos em que a violência nem mesmo ocorre no estádio ou nas suas redondezas.
Quem estava no Pátio da Santa Cruz no aniversário do Santinha e foi surpreendido com a truculência e estupidez gratuita de nosso arquirrival, sabe do que estou falando. E qual foi a causa? Surgiu a história de que nossa torcida – se é possível falar assim – invadiu a sede alheia e foi pau. Muito triste esse mau direcionamento de ação.
Seja lá como for, o jeito é ficar no sofá tomando umas cervas geladas e acompanhar nossa vitória sobre o Capibaribe. O hiato entre jogos foi benéfico para nosso elenco. Para mim, o maior ganho foi a recuperação de Rafael Furtado.
Como um otimista nato, estou confiante que vamos meter 2 x 0 e ir para a decisão com o Retrôcesso. Dá-lhe, meu Santinha. Que nossa garra ancestral se faça presente e que possamos acompanhar a final em campo.
Que assim seja!
Impedir o acesso do torcedor real, não neutralizando o bandido “organizado”, sabedores todos que somos como planejam e agem essas gangues, mostra, além da incompetência deste “governo”, principalmente seu pouco caso com o povo. Este que vota muito mal. Triste.
Uma vergonha. Simples assim.