(Samarone Lima)
Dos últimos meses, lembro de ter deixado de ver aquele jogo pela Copa do Brasil contra o tal de Santa Rita, algo assim.
Inácio tinha comprado meu ingresso, botei na carteira e não sei por qual motivo, desisti de ir ao Arruda na última hora.
Acho que meu anjo da guarda me protege mesmo, de vez em quando. Aquele empate que nos tirou do torneio.
No sábado, fui ao Poço da Panela, tomei umas com Naná, encaminhamos umas coisas da Biblioteca Comunitária, da qual fazemos parte. Ele estava trabalhando para um bufê e disse que não iria, porque precisava dormir. Achei melhor.
Eram 15h quando parei no bar Princesa Isabel, ao lado do Parque 13 de Maio e pedi uma dose de vodka.
Pensei em tomar uma e me animar para ir ao jogo (só assim), mas lembrei dos últimos jogos do Santa, aquela coisa de doer na vista, então fiquei por ali mesmo. O bom foi que o bar estava vazio, no maior silêncio, fiquei lendo e escrevendo umas besteiras. No segundo tempo chegou um alvirrubro e pediu para Seu Azevedo ligar a TV. O jogo já estava 1 x 1.
Tomei minhas doses e fui para casa, dormir.
O Santa 2014 está me enchendo de tédio, isso sim.
Vamos ver se o novo treinador dá um choque nesse time…
(Gerrá da Zabumba)
Depois da Copa do Mundo, confesso que meu entusiasmo para ir aos jogos está em baixa. A ruindade e a falta de raça do time são pra deixar qualquer tricolor coral santacruzense das bandas do Arruda sem tesão.
Mas eu até me animei para ver a pelada contra o Icasa. Afinal, o tal Sérgio Guedes, um dos maiores enroladores que já vestiu nossa camisa de treinador, havia ido embora.
Tracei a agenda e até combinei de levar minhas filhotas ao estádio.
No sábado pela manhã fui para o Horto de Dois Irmãos com as pirralhas. Era o aniversário de 3 anos do tricolor Rafael, sobrinho do nosso sanfoneiro Chiló.
Me permitam um parênteses: achei uma sacada genial, essa de comemorar aniversário no zoológico.
Voltemos.
O sanfoneiro quando me viu foi logo perguntando: “tu vai?”
“Tou organizado para ir, bora?”, eu disse.
“Tava até querendo, mas vai dar não. Vou não”, ele falou.
Brincamos, comemos uns brebotes, tomamos uns refrigerantes, cantamos os parabéns. Era quase meio-dia quando saímos.
Os primeiros a desistirem do jogo foram as mulheres. As meninas estavam moídas da festinha e Alessandra, desanimada. Preferiram ir para casa.
Eu fui ao encontro de um amigo de longas datas que atualmente mora no Rio de Janeiro. Rumamos para o Mercado da Boa Vista. Meu plano de voo continuava o mesmo: encontrar com Florival, botar a conversa em dia, brindar a amizade e partir para o Arruda.
Chego ao Mercado e dou de cara com Marcílio, irmão de Milton Jr., saboreando umas cervas. Um aperto de mão e a velha pergunta: “e aí, vai hoje?”
Respondi que sim.
Marcílio me ofereceu carona. Aceitei na hora.
A bronca é que fui tomar umas em outro box do Mercado e aí, esqueci de Marcílio e ele esqueceu de mim. Quando me dei conta, o relógio marcava 15h53 e a cerveja continuava geladíssima. Não tive dúvidas, rasguei o projeto. Troquei o jogo por rodadas de saideiras, caldinhos de feijão e arrumadinho de carne-de-sol.
Acho que foi melhor.
(Inácio França)
Inácio também não foi para o jogo. Está em Araguaína, visitando a filha. Tentamos vários contatos com ele. Mandamos mensagens, e-mails, telefonemas, etc, pedindo seu relato sobre este sábado sem jogo, mas ele não deu sinal de vida.
Esperamos que Oliveira Canindé nos leve de volta para o Arruda.